A Meta 2010 do Projeto Manuelzão – que propõe navegar, nadar e pescar no Rio das Velhas – também estava na pauta da audiência realizada na Câmara Municipal semana passada. Sete Lagoas, segundo maior poluidora da bacia, ainda engatinha no sentido de tratar o esgoto produzido no município. Atualmente, apenas 4% do esgoto têm destinação ambientalmente correta. A engenheira técnica da autarquia, Maria de Fátima L’Abbate, fez uma exposição sobre os projetos do SAAE para cumprimento do prazo. Segundo a engenheira, há um Plano Estratégico de Abastecimento e Esgotamento Sanitário, que está sendo desenvolvido pela autarquia. “O plano tem nove objetivos operacionais, dentre eles está a meta de atendimento da população em 99,9%, no que se refere ao abastecimento de água, e 95% referente ao tratamento do esgoto até 2012”, explicou.
O presidente lamentou a inadimplência, que reduz a capacidade de investimento da autarquia. “Atualmente, 40% da água distribuída não é hidrometrada, ou seja, a inadimplência é muito grande. Considerando o atual faturamento da entidade, se revertermos a situação e abaixarmos para 30% a inadimplência, teremos cerca de R$ 700 mil ao mês para investimento. Por isso estou convencido de que o SAAE é viável”, completou.
Encerrando a reunião especial, o vereador Claudinei Dias (PT), autor do requerimento que motivou a audiência, informou que será elaborada uma carta de intenções com objetivos a serem traçados e cumpridos pelo município. “Tenho certeza que, diante de tudo o que foi exposto pelas diversas entidades presentes, o Poder Público a partir de agora está ciente das ações que precisa efetuar e os projetos que devem ser executados para o melhoramento da qualidade da água e o tratamento do esgoto de Sete Lagoas”, finalizou.
Da redação