A Prefeitura de Sete Lagoas sancionou nesta quinta-feira (7) a nova lei de uso e ocupação de solo da cidade que cria uma zona de expansão urbana especial mista. Com essa alteração legislativa, um novo distrito industrial poderá receber atividades econômicas industriais de médio e grande porte, além de projetos residenciais.
Este é o primeiro passo para a concretização do empreendimento imobiliário Complexo Vetor Norte, do Consórcio de Investimento paulista Finvest que já tem um terreno de oito milhões de metros quadrados na região industrial do município e deve investir R$ 150 milhões nos próximos dez anos no projeto.
O empreendimento envolve a criação de uma área para galpões de 5.000 a 100 mil metros quadrados para atender novas indústrias que se instalarão na região, a criação de um porto seco alfandegado, uma zona de processamento de exportação (ZPE), condomínios residenciais e uma faculdade.
Segundo Almir Mendes, representante da Finvest em Minas Gerais, a primeira etapa será a construção dos galpões que devem atrair cerca de 20 indústrias. “Eles serão construídos em frente à Iveco para atender esta empresa e outras da região”, explica Mendes.
A segunda etapa será a instalação de um porto seco alfandegado. “Estamos conversando com a Receita Federal para a definição do porto seco que vai atender a demanda de empresas da grande Belo Horizonte. Hoje só temos um na região localizado em Betim e que está saturado”, explica. Além da parte industrial, o projeto prevê a construção de um condomínio residencial, uma faculdade e centro comerciais para atender as indústrias e seus funcionários. “O empreendimento como um todo deve gerar 20 mil empregos diretos”, diz Mendes.
Outro benefício previsto na nova lei municipal é a construção, apenas com recursos privados, de um novo acesso rodoviário que será integrado às rodovias MG-424 e MG-238. “A nova lei garante este novo acesso, como contrapartida à comunidade”, diz o arquiteto responsável pelo Complexo, Glauco Santiago.
“O único meio de trazermos desenvolvimento para a cidade é através da união com a iniciativa privada”, diz o prefeito de Sete Lagoas, Márcio Reinaldo (PP). “O papel do poder público é permitir que a iniciativa privada atue. Como fizemos em Sete Lagoas com a aprovação desta nova legislação”, declara.
Com O Tempo