Foi realizada na semana passada – dia 30 de abril – audiência pública para discutir mudanças propostas para a Feirinha do Centro. Diante das polêmicas relacionadas ao horário de funcionamento da mesma e número de mesas para cada um dos feirantes da gastronomia, a unanimidade é geral em relação ao Estatuto hoje em vigor: o mesmo precisa ser alterado para comportar a atual estrutura. Uma comissão envolvendo vereadores, feirantes e representantes do Executivo vai traçar as medidas a serem executadas.

Durante a audiência, plenário lotado e muitos feirantes exaltados. O secretário de Comunicação e Cultura, Fred Antoniazzy, chegou a ser acusado de autoritário e arrogante. Houve vaias e intervenções. A platéia teve que ser controlada. O tenente da PM Aloysio Vaz D´Oliveira destacou o baixo número de ocorrências no local. Segundo ele, limitar o horário de funcionamento para 23 horas – normalmente vai até 1 hora – por causa da violência não é justificável. Com dados estatísticos, mostrou que o número de ocorrências na região central nos finais de semana é ínfimo.
Para o secretário de Cultura, limitar o número de mesas é importante para que se abra espaço para outros segmentos. “Não queremos reduzir ou limitar o potencial da feira. A reestruturação visa abrir mais frentes de trabalho. Para isso, é necessário menos mesas para feirantes da gastronomia a fim de abrir espaços para comportar outros gêneros”, considera. O secretário de Turismo, de Indústria, Comércio e Agropecuária, Gustavo Paulino, ressaltou que a economia informal traz um grande ganho para Sete Lagoas, mas é preciso seguir as regras vigentes ou alterá-las. “Se o atual Estatuto não atende mais, é preciso alterá-lo”, completa.
Na reta final da audiência, requerida pelo vereador Marcelo da Cooperselta (PMN), feirantes e representantes da classe tiveram a oportunidade de fazer suas observações e questionamentos. A maioria particularizouproblemas relacionados à sua própria barraca, não elevando a discussão para um plano coletivo. Por fim, foi definida comissão formada pelos vereadores Marcelo da Cooperselta (PMN), Reginaldo Tristeza, Claudinei Dias, o secretário Fred Antoniazzy e representantes dos feirantes para traçar possíveis mudanças no Estatuto, que deverão ser votadas – assim que definidas – na Câmara Municipal.
por Celso Martinelli