Os números divulgados pela imprensa indicam um forte desaquecimento na economia em todo o Brasil. Poucos são aqueles setores que ainda resistem bravamente ao quadro de crise vivido no país. As principais indústrias locais repetem este script, e reduzem os custos para tentar permanecerem vivas, que apresentam sinais de redução nas exportações. Pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais (NEES), do Centro Universitário de Sete Lagoas (UNIFEMM) indica uma redução de cerca de 50% nas vendas para o exterior em fevereiro, se comparado com o mês anterior. Com este resultado, a cidade caiu da 16ª para a 23ª posição no ranking mineiro de exportadores.
No período, as exportações caíram de US$ 22,51 milhões em janeiro para US$ 11,37 milhões em fevereiro. No sentido contrário, as importações subiram para US$ 18,21 milhões, o que causou um déficit na Balança Comercial de US$ 6,84 milhões, o primeiro registrado após sete meses de superávit. O valor registrado pelo NEES para as exportações foi o menor dos últimos 12 meses, com um pico em agosto e setembro, num valor de US$ 43,68 milhões.
O Ferro Gusa continua como o principal item comercializado pela cidade. Em fevereiro, foi exportado US$ 3,6 milhões do produto, um valor cinco vezes menor se comparado com o mês anterior, quando foram vendidos US$ 18,6 milhões. Mesmo com essa redução, o gusa representa 65% do valor total vendido ao exterior. Seguido dele, está o setor de automóveis que, mesmo com a crise, ainda representa 16,9% da pauta de exportação do município.
Em fevereiro, o principal parceiro comercial das indústrias de Sete Lagoas foi a Holanda, que ocupou o 1º lugar entre os destinos dos produtos locais. Os Países Baixos compraram no período um montante de US$ 7,9 milhões, com uma participação de 23,6% nos dois primeiros meses do ano. Em seguida aparece a Argentina, com um valor de US$ 6 milhões e representa 17,7% das exportações em fevereiro.
O resultado geral do país foi na direção contrária. O Brasil apresentou no período um superávit de US$ 3 milhões, resultados da diferença das exportações, que atingiram US$ 13,4 bilhões, e as importações, com um volume de US$ 10,3 bilhões. Este é o 12° mês consecutivo a registrar resultados positivos na Balança Comercial Brasileira. Este resultado, segundo o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão, o desempenho positivo é atribuído a acordos comerciais e ao câmbio. “Com o México, houve renovação do acordo automotivo e com a Argentina também. O setor já declarou que tem sido ajudado, ainda, pelo câmbio”, avaliou Brandão.
Com Ascom UNIFEMM