No dia 7 de abril, comemora-se o DIA MUNDIAL DA SAÚDE. Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu dedicar a data ao combate ao Diabetes. Segundo a própria OMS, hoje existem cerca de 350 milhões de pessoas com Diabetes no mundo. E a previsão para os próximos 20 anos não é nada animadora. Espera-se que o número dobre até lá, principalmente em países de baixa e média renda. No entanto, a Organização Mundial da Saúde, por meio da informação e da conscientização, espera reverter esse quadro e reduzir essa expectativa ao menor número possível.
O Hospital Nossa Senhora das Graças se junta à causa da OMS e, ao longo desta semana, vai dar dicas e informações importantes sobre a doença e também sobre como evitá-la. Vale lembrar que, apesar de ser perfeitamente possível conviver com o diabetes, a doença, se não controlada, pode trazer diversas complicações e, até mesmo, levar à morte.
Você sabia que 6,2% da população adulta brasileira tem diabetes? Esse foi o resultado da Pesquisa Nacional de Saúde, fruto de uma parceria entre o IBGE e o Ministério da Saúde.
Desse total, o estudo apontou que as mulheres representam maioria entre os acometidos pela doença no país. 7% da população feminina do Brasil, ou cerca de 5,4 milhões de mulheres, são diabéticas. Entre os homens os números não são menos assustadores. Eles somam 3,6% de diabéticos, o que equivale a 5,4% da população masculina brasileira.
A pesquisa indicou ainda qual é a faixa etária dos brasileiros acometidos pelo diabetes. 0,6% estão entre a faixa de 18 e 29 anos; 5% entre 30 e 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. 19,6% dos diabéticos têm mais de 75 anos de idade.
TIPO 1 OU TIPO 2?
De acordo com o médico Ricardo Fortes, residente de Clínica Médica no Hospital Nossa Senhora das Graças, existem dois tipos diferentes de diabetes. “O primeiro, chamado de tipo 1, faz com que o doente fique dependente do uso de insulina. A insulina é hormônio produzido pelo pâncreas de um indivíduo saudável. No diabético, o órgão não é capaz de produzir a insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo”, explica. Esse tipo de diabetes acomete, principalmente, crianças, adolescentes e adultos jovens e pode ocorrer independente de fatores como alimentação, sedentarismo e obesidade. Os principais sinais da doença são aumento do apetite, aumento da frequência urinária, sede excessiva e emagrecimento súbito.
O papel da insulina no organismo, ainda segundo Dr. Ricardo, é “abrir a porta da célula para o açúcar entrar”. Esse açúcar funciona como um combustível para dar energia à célula. “Se ele fica no sangue é capaz de causar danos às veias e artérias, e isso ocasiona em uma série de problemas para o paciente como insuficiência renal, perda da visão e até derrames cerebrais”, diz Dr. Ricardo Fortes.
Em pacientes com o outro tipo de diabetes, chamado de tipo 2, o pâncreas até consegue produzir insulina, mas ela não é suficiente para dar conta de todo o açúcar que está na corrente sanguínea. “O diabetes tipo 2 é decorrente, na grande maioria dos casos, dos hábitos de vida do paciente como má alimentação, sedentarismo e obesidade. Portanto, mesmo com o fator hereditário presente, é possível evitar o aparecimento do diabetes tipo 2 mudando o estilo de vida”, adverte o médico. E como, no Brasil, 90% dos diabéticos são desse tipo, o número de pessoas com a doença poderia ser consideravelmente menor se elas cuidassem melhor da saúde e da alimentação.
Dr. Ricardo explica que, ao contrário do diabético tipo 1, quem tem o tipo 2 da doença não necessariamente vai precisar de insulina para controlar o doença. “Esse controle é feito por meio de medicamentos e mudanças no estilo de vida. E apesar de a doença não ser curável, é perfeitamente possível controlá-la”, conta.
Com Ascom HNSG