Decorrentes dos tremores que estão acontecendo na região central de Minas Gerais, mas especificadamente nas cidades de Sete Lagoas, Matozinhos, Prudente de Morais e Felixlândia desde o dia 24 de março desse ano, o Setelagoas.com.br conversou com o professor do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, George Sand França, para esclarecer sobre as ocorrências dessas séries de abalos.
Para o professor George Sand é uma novidade a cidade de Sete Lagoas e região está sofrendo esse tipo de atividade física e sísmica. “Na verdade, a cidade de Montes Claros se destaca com esse tipo de fenômeno. O município de Sete Lagoas vem sofrendo com essas “sismicidades” (movimentos da terra em determinada área), isso pode acontecer e voltar a qualquer período. O mais correto seria realizar alguns estudos nessas localidades para saber se é uma falha na crosta terrestre. Essa pressão tectônica que ocorreu é um evento normal de pressão”, afirma.
A intensidade e frequência do fenômeno chama a atenção dos moradores de Sete Lagoas e demais cidades vizinhas deixando em alerta a população. O comportamento mais comum entre as pessoas nessa situação é sair para as ruas e buscar informações sobre o fato. Nas redes sociais, o clima de inquietação também tomou conta devido às incertezas de novos tremores.
“Aqui no bairro Jardim Europa tremeu. Estava deitada na cama, mas achei que era um trator passando na rua, mas não tinha nada na rua. Foi uns oito a 10 segundos. Foi assustador”, comenta Raquel Costa.
Outro internauta João Marcelo relatou o incômodo e a insegurança sobre esses habituais abalos. “ Aqui no bairro Bela Vista foi muito nítido o tremor. Raramente aqui na rua passa veículos pesados que poderiam trazer tal sensação. Está se tornando frequente isso. Nosso solo já está merecendo estudos por tal situação. Colegas em grupos de whatsapp das cidades de Matozinhos e Prudente de Morais também relataram os pequenos abalos sísmicos”.
“Provavelmente não há risco de desmoronamento do solo. A população deve ficar tranquila quanto a isso. Como foi dito, a partir de um estudo criterioso na região saberemos informar de forma mais concreta. Mas possivelmente não existe perigo” disse Sand.
Da Redação