
A iniciativa é uma parceria das empresas com a Prefeitura de Sete Lagoas. O trabalho conjunto tem gerado resultados positivos aos pequenos produtores da cidade. Segundo o Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Agropecuária, Gustavo Paulino, somente através desta colaboração é possível buscar o que há de mais moderno para o município. “Através dessas parcerias, nos moldes que a gente tem com a EMATER e a EPAMIG, é possível trazer para Sete Lagoas, para ser aplicado nos programas de hortas comunitárias e também na cultura dos pequenos produtores rurais, as tecnologias mais modernas que existem hoje no mercado. Estas pesquisas demandam muitos recursos, investimento que o município não teria condições de fazer sozinho”, afirma o Secretário.
Para Maria Piedade, a Nenê, produtora da horta JK, a iniciativa de transmitir novas metodologias de trabalho é essencial às famílias que sobrevivem da cultura das hortas. “O treinamento da EPAMIG, junto com a EMATER, que já dá assistência técnica, é muito importante para nós. Como sou produtora orgânica, tenho sérios problemas com a virose, porque não utilizo produtos químicos nem agrotóxico. Isso atrapalha muito. A virose vem e ataca mais. Todos os anos, a gente fica uns 7 meses sem produzir, principalmente alface, o que afeta muito na renda”, afirma Nenê.
Para orientar melhor os produtores sobre a virose que afeta a plantação de alface, os profissionais da EPAMIG, da EMATER e da Prefeitura de Sete Lagoas decidiram realizar um dia de campo com palestras e esclarecimentos aos produtores. “Esse dia de campo surgiu de uma proposta de trabalho que existe entre a EMATER, a Prefeitura Municipal e a EPAMIG. A gente trabalha com as hortas comunitárias há 25 anos e tem um trabalho consolidado na área. Hoje, vamos falar principalmente de uma doença que ocorre na cultura da alface. Como não é permitido utilizar agrotóxicos nessas hortas, estamos levando aos agricultores a proposta de realizar um controle com caldas de plantas, com o manejo da cultura”, explica Érika Carvalho, engenheira agrônoma da EMATER.
Para Maria Helena Mascarenhas, funcionária da EPAMIG, o trabalho de controle tem que ser realizado em diversas frentes. “O controle de virose tem que ser feito como medida preventiva com várias outras ações de manejo da cultura. A dificuldade nas hortas urbanas de Sete Lagoas é que a alface é a cultura principal. Ela é plantada e comercializada durante os 12 meses do ano. Assim, o vetor da virose, que são os pulgões, continua tendo sua fonte preferencial de alimentos à disposição. Daí a dificuldade de controlar a praga”, afirma Maria Helena.
Durante o encontro, os agrônomos distribuíram panfletos e cartilhas explicando as metodologias de combate à virose. Foram apresentadas saídas simples, as chamadas caldas caseiras (calda de fumo, de arruda, de tomateiro e espalhante de sabão), responsáveis por ajudar no controle da praga. Com isso, os produtores das hortas esperam combater o mal e aumentar, significativamente, a produção de hortaliças no local.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Sete Lagoas
Foto: Quim Drummond