Segunda maior cidade poluidora do Rio das Velhas, atrás somente de Belo Horizonte e região metropolitana, a cidade tem papel fundamental para o cumprimento da Meta 2010. “Esta expedição fortalece o sentido de pertencimento à bacia do rio das Velhas para aqueles municípios que não estão às margens do rio. É o caso de Sete Lagoas. Além disso, o evento gera um momento favorável para a discussão de temas importantes para a mudança ambiental e comportamental da sociedade”, explica Sepulveda. Na expedição “Expedição pelo Rio das Velhas 2009: encontros de um povo com sua bacia”, o Manuelzão cai na água novamente. E com um desafio novo: o de integrar, em seu cronograma, elementos de uma expedição a momentos de nucleações culturais, denominados FestiVelhas, e a mini-expedições, organizadas pelas diversas comunidades da bacia hidrográfica.
Na passagem da expedição por Sete Lagoas, a programação começa às 8h no auditório do Serpaf, no bairro Nova Cidadã, e segue para a região central. Haverá passeata e ciclo de debates sobre a recuperação da bacia do Ribeirão Jequitibá. À tarde, integrantes do Projeto Manuelzão partem para Jequitibá, município pelo qual a cidade se conecta ao rio, que antes passa por Funilândia. “Estes dois municípios sofrem com a poluicão de Sete Lagoas”, afirma Rogério Sepulveda.
O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Lairson Couto, questionado sobre o que Sete Lagoas tem feito para colaborar com a Meta 2010, afirmou que ainda faltam recursos necessários para a construção da ETE do Matadouro. Segundo Couto, desde 2006 a Prefeitura e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), com recursos do Projeto SOMMA e mais recentemente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vem construindo emissários e interceptores de esgoto ao longo do córrego do Matadouro, a partir da Escola Sinhá Andrade em direção à localidade de Areias, passando pelo Tamanduá.
Atualmente, o município está construindo a rede de esgoto e recuperando a ETE do bairro Ondina Vasconcelos, com recursos do PAC. “Sete Lagoas também está consciente e mobilizada para o cumprimento dessa Meta e apoia as ações nessa direção. Precisamos contar com maior apoio do Governo Federal para a disponibilização dos recursos necessários para a realização dessas obras e um apoio efetivo do Governo de Minas. Cabe ressaltar também o esforço do Sub-comitê do ribeirão Jequitibá apoiando a Meta 2010. O Centro Universitário UNIFEMM vem mobilizando os alunos do curso de Engenharia Ambiental no sentido de divulgar e apoiar o cumprimento do projeto”, finalizou.
Da redação