No início da tarde desta terça-feira (17), algumas famílias que moram às margens do Córrego do Matadouro e Córrego dos Tropeiros , no bairro Kwait, se reuniram em frente à prefeitura de Sete Lagoas pedindo garantias durante a relocação de suas moradias. Eles fazem parte das 70 famílias que foram notificadas pela prefeitura porque estariam morando em situação de “vulnerabilidade de risco e vulnerabilidade social”.
Veja como estava o panelaço po volta das 13h (aperte o play):
http://www.youtube.com/watch?v=Dv6CqR_kzP8&feature=youtu.be
No último dia 3 de maio o prefeito Marcio Reinaldo reuniu-se com moradores do bairro que aceitaram assinar o termo de compromisso entre o município e a comunidade. Ficou acertado que o município vai pagar o “aluguel social” no valor de R$ 500, “que garante moradia para as famílias da hora em que elas deixam as áreas ocupadas até o momento em que recebem sua casa própria”, explicou a assessoria da prefeitura que também informou que serão construídas casas no bairro Jardim dos Pequis, para todas as famílias que atenderam à solicitação.
Segundo a prefeitura, a definição da empresa, através de processo licitatório, que irá construir as novas residências será no dia 25 de maio, quando serão abertos os envelopes deste certame. “O contrato 0223.346.71/2007 entre Prefeitura de Sete Lagoas e Ministério das Cidades já foi aprovado pela Caixa Econômica Federal e os recursos estão disponíveis. A previsão é que dentro de oito meses, a partir da emissão da Ordem de Serviço, as casas sejam entregues.” A Prefeitura reafirmou que já conta com recursos na ordem de R$ 4 milhões para a construção de novas casas e que 54 famílias já assinaram o termo.
Mesmo oferecendo essa garantia muitos ainda estão com medo de deixar o local antes que a nova casa seja entregue. “Eu não assinei e nem vou assinar. Só assino se me derem a casa. Eu não vou pro meio da rua com um homem cego de 73 anos, que há mais de 11 anos está doente” relatou a moradora Maria Zulia.
A moradora Cláudia Regina ainda não assinou o termo e relata que os que aceitaram já tiveram suas casas demolidas, e antes disso ela precisa de uma garantia. “Eles estão querendo tirar a gente, colocar no aluguel. Esse ano tem eleição e se o prefeito sai, a gente paga como? Mal o pessoal ‘tá’ saindo e eles já estão jogando a casa no chão. Já tem um monte de casa no chão. Como garantia eu preferia a minha casa pronta, sem aluguel”, pontuou Cláudia Regina.
Veja o registro fotográfico da manifestação (Fotos: Cristiane Cândido):
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Por Cristiane Cândido