Imagens aéreas produzidas por um drone começaram a ser obtidas em ensaios de melhoramento de milho na Embrapa Milho e Sorgo. Um voo experimental foi realizado na primeira quinzena de novembro em uma área que abriga 11 ensaios com aproximadamente 1500 parcelas, sendo três mil fileiras de plantio de 4,2 metros de comprimento.
Essa área possui cerca de 60 mil plantas e demanda a contagem manual por empregados da Embrapa e terceirizados. “Por meio das imagens adquiridas via drone, esse trabalho poderá ser substituído por processamento de imagens, liberando a turma para outras atividades”, explica o pesquisador Lauro Guimarães, um dos líderes do projeto.
Entenda o trabalho
Uma atividade específica dentro do projeto intitulado “Pré-melhoramento, fenotipagem e agregação de valor em recursos genéticos de milho” prevê o uso de drones na produção de imagens para o monitoramento dos ensaios do programa de melhoramento de milho.
Anualmente, são conduzidas cerca de oito mil parcelas experimentais para avaliação de híbridos e variedades, tanto nas fases iniciais, intermediárias e de pré-lançamento. “Considerando-se a grande quantidade de características que são avaliadas nos ensaios de campo, demandando intensa mão-de-obra e recursos para o levantamento de dados, é necessário o uso de ferramentas que permitam maior eficiência no processo”, diz um trecho do projeto.
O voo foi feito pela empresa Bird Eye Drone Services, especializada na produção de imagens em alta resolução usando veículos aéreos não tripulados (vants), em parceria com a Event38. As imagens foram coletadas usando um sensor com infravermelho, possibilitando a geração do índice NDVI (sigla de Normalized Difference Vegetation Index), tecnologia que permite mapear a vegetação e também medir sua quantidade e a sua condição em uma determinada área. Após a coleta das imagens, foram gerados produtos como o mosaico georreferenciado, modelo digital de elevação, curva de nível, entre outros.
As imagens serão analisadas pelos pesquisadores Elena Landau e Daniel Guimarães, da área de geoprocessamento e sensoriamento remoto, com o objetivo de obter informações relacionadas ao número de plantas das parcelas. Posteriormente, processos serão desenvolvidos ou adaptados para a coleta de informações de outras características importantes para os programas de melhoramento da Embrapa Milho e Sorgo.
Com Ascom Embrapa Sorgo e Milho