Uma denúncia que deixa em choque e revolta pais. Uma creche particular, no bairro Nossa Senhora das Graças está sendo acusada de agredir crianças. No momento, a escola está fechada e não tem previsão de abrir as portas. Uma investigação já foi aberta para apurar as denúncias.
Mães ouvidas pela reportagem do SeteLagoas.com.br relataram que foram chamadas pelo Conselho Tutelar na manhã de quarta (4), onde foram apresentados à elas imagens gravadas por uma vizinha da creche. No vídeo, crianças sofriam maus tratos – foi relatado na denúncia que as crianças recebiam puxões de orelha, varadas nas mãos, além de terem bolas sendo chutadas contra elas.
“Eu nunca reparei alguma coisa de mais no meu filho, ele nunca gostou de ir na escolinha, até achava que era birra”, comenta uma das mães. Segundo elas (enquanto acompanhavam os relatos da denúncia), as crianças chegaram a pedir socorro. “A vizinha não aguentava mais. Eles ligaram para o Conselho Tutelar denunciando”, complementa mais uma mãe, ouvida pela reportagem.
Segundo uma das mães, o filho dela chegou a relatar as agressões: “Uma vez no banho meu filho disse ‘vovó me bateu com vara’. Outro dia, brincando, ele disse que iria ‘pegar a vara para mim”. Algumas mães foram para a porta da creche na noite de quarta-feira alertar outros pais sobre os casos de agressão, já que poucos ficaram sabendo do caso: “Quando pegavam as crianças eram beijinho para lá, beijinho para cá. Mas só as crianças sabiam o que aconteciam”, finaliza uma das mães.
O Conselho Tutelar, que está apurando o caso em sigilo, chegou a confirmar anteriormente a informação ao SeteLagoas.com.br. Segundo algumas mães ouvidas pela reportagem, elas se reunirão para decidir quais ações tomar contra a creche particular, mas já se falam em fazer um Boletim de Ocorrência sobre os maus tratos.
A reportagem tentou entrar em contato com a responsável da creche, mas até o momento, ela não atende telefonemas. Ainda apurado pela reportagem, as aulas desta quinta e sexta (6) foram canceladas, e provavelmente semana que vem elas não irão ocorrer.
Filipe Felizardo