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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entregou na segunda-feira (23) um pedido de instauração de inquérito policial para a Delegacia Regional de Polícia Civil em Sete Lagoas sobre a acusação de maus tratos à crianças de 1 e 2 anos numa creche particular no bairro Nossa Senhora das Graças.
Segundo o MPMG, a denúncia enviada à delegada regional da cidade juntou boletins de ocorrência abertos com as supostas agressões, juntamente com os vídeos, que originaram a denúncia.
A Secretaria Municipal de Educação e Conselho Tutelar também encaminharam para o órgão documentos para a abertura de inquérito. A secretaria recebeu a denúncia de maus tratos e apurou as informações; já o conselho apresentou para as mães os vídeos e protocolou um pedido para a retirada das crianças da creche.
Mães procuram por justiça
Enquanto isso, mães formaram grupos para procurar justiça contra o educandário.
A reportagem do SeteLagoas.com.br apurou com diversas famílias quais atitudes elas estão tomando. Uma dessas seriam a entrada de uma ação coletiva na justiça contra a creche via Defensoria Pública e Ministério Público.
“O Conselho Tutelar nos chamou para assinar uma ata, para encaminhar ao Ministério Público”, comentou uma das mães ouvidas pela reportagem. Ela ainda relatou que está processando a creche por danos morais – numa das gravações das agressões, seu filho era o primeiro a sofrer violência.
“A primeira coisa que fiz foi um Boletim de Ocorrência. Nós estávamos deixando o nosso maior tesouro, nosso bem maior com ela [uma das proprietárias da creche acusadas de agressão]; e ela não vai parar [com as agressões]”, comenta.
Durante vários dias, a reportagem tentou entrar em contato com a responsável pela creche, mas não atendeu às nossas chamadas.
Relembre o caso
Mães de crianças foram convocadas pelo Conselho Tutelar na manhã do dia 4 de outubro para apresentar uma denúncia em vídeo feito por vizinhos de um educandário onde seus filhos estão matriculados. Os menores eram agredidos puxões de orelha, varadas nas mãos, além de terem bolas sendo chutadas contra elas. A acusada da agressão seria a responsável pela creche, que fica no bairro Nossa Senhora das Graças.
Desde a divulgação do caso e a sua repercussão na cidade, o local está fechado.
Da redação
