
Já no bairro Cidade de Deus, os alunos da Escola Municipal Juca Dias se divertiram com a oficina de capoeira. Os jovens cantaram e dançaram durante toda a tarde. O ritmo do berimbau era acompanhado pelo som das palmas. Com tanta novidade, foi difícil escolher o que mais chamava a atenção. “Eu gostei mais do maculelê e da capoeira, quer dizer, da participação dos alunos. Na verdade, gostei de tudo, da dança deles, das palmas, de todo mundo ter participado, de tudo mesmo”, comemorava Natália de Oliveira, aluna do 4º ano da instituição.
Para Cláudia Rocha, diretora da escola, a descentralização do evento foi importante para democratizar a festa. “A descentralização da festa foi muito interessante, porque deu oportunidade aos jovens da comunidade de participarem do evento. Hoje, temos aqui alunos e ex-alunos da escola. Sem a iniciativa, seria muito difícil levar todos para as atividades realizadas no centro da cidade. Então, a Secretaria de Cultura está de parabéns pela ideia”, comemorava a diretora.
Para o mestre de Capoeira, Paulinho Godoy, a iniciativa de descentralizar a festa é muito importante para a cidade. “Para mim, é uma honra e um orgulho muito grande saber que Sete Lagoas está promovendo eventos deste nível na área cultural e ramificando estas ações para as comunidades, o que é muito importante. Precisamos levar às pessoas, às comunidades, a oportunidade de absorver a cultura brasileira e nosso folclore, participando efetivamente das atividades e do trabalho desenvolvido pela Prefeitura e pelos órgãos competentes da área”, afirma Paulinho Godoy.
A alegria deu o tom à festa. Os jovens cantavam e seguiam os gestos do professor. Olhos atentos e muita concentração. O espetáculo ganhava vida a cada sorriso. A quadra da escola nunca foi um lugar tão interativo. As crianças aprovaram a iniciativa e demonstraram compreender bem o clima da festa. Por fim, a oficina foi um grande sucesso, demonstrando que a cultura só tem razão de ser quando ela é democrática e beneficia a todos.