O Hospital Nossa Senhora das Graças inaugurou no dia 30 de agosto na Casa da Cultura de Sete Lagoas, o Comitê de Cuidados Paliativos a fim de oferecer qualidade de vida ao paciente que está diante de doenças que ameaçam a vida.
De acordo com Flávia Fidelis, médica Coordenadora da Equipe de Cuidados Paliativos do HNSG, o comitê, a princípio, foi criado para atender a uma portaria do Ministério da Saúde, mas a ação acabou extrapolando. “Hoje o objetivo principal é apoiar este grupo de pacientes que está exposto a muito sofrimento e ao mesmo tempo a certo “isolamento social”, pois, a grande maioria das pessoas tem dificuldade de lidar com a morte,” explica a médica.
A Dra Flávia salienta que este projeto foi inicialmente idealizado pela Dra. Flávia Lima e pelo Dr. Henrique Vianelo em 2013. Porém, só foi possível concretizá-lo com a chegada dela ao município. Ela veio cedida pelo Estado (Hemominas) para a prefeitura de Sete Lagoas, que a encaminhou ao HNSG para prestar este serviço.
A médica destaca que os atendimentos aos pacientes serão por meio de métodos convencionais, uma vez que sem o apoio profissional adequado, a morte pode ser algo lento, permeado de muito sofrimento físico, mental, social e emocional. “Acredito que o ganho para Sete Lagoas é sem proporções. Qualquer medida que objetiva reduzir o sofrimento de um ser humano e daqueles que o cercam tem um potencial de ampliar esta “boa energia” muito além das paredes do hospital,” enfatiza.
A equipe multidisciplinar comandada pela Dra. Flávia é composta por enfermeiros, assistente social, nutricionista, psicólogos e assistente espiritual. Os profissionais vão: acompanhar pacientes e familiares, fazer reuniões semanais para discutir os casos e definir planos de tratamento que serão entregues aos pacientes no momento da alta para que os cuidadores, outros médicos e equipe de saúde possam saber como lidar exatamente com as demandas destes pacientes.
Também vão fazer o acompanhamento da internação para garantir uma rápida desospitalização àqueles que estiverem preparados. Apoiarão o médico assistente nas abordagens mais difíceis, além, do apoio psicológico, do carinho, e do contato.
“Estou muito feliz com a equipe que conseguimos formar. O pré-requisito básico foi o respeito, carinho e amor com o paciente. Estamos cada dia mais nos capacitando para lidar com este tema tão nobre e tão difícil e acredito que temos potencial de construir um lindo serviço em nossa cidade,” finaliza Flávia Fidelis.
Por Nubya Oliveira