A difícil situação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foi apresentada na Câmara, nessa quarta-feira (10), em Audiência Pública. O espaço abriga hoje 50 animais e, de acordo com a veterinária Vanessa Bahia, “é preciso que as pessoas adotem esses animais porque há o risco de a gente não ter mais espaço para receber outros”.
A sessão foi conduzida pelo vereador Renato Gomes (PV) que requereu a sessão em conjunto com o presidente do Legislativo, vereador Pr. Alcides (PP). “Não falo que foram em vão as outras audiências, apesar de que não avançamos muito em relação ao tema. Há a necessidade de reforma do CCZ. Vieram emendas parlamentares direcionadas para a reforma que, infelizmente, não foram feitas.
Foi apresentado um projeto de reforma para o espaço que, em 2016, estava orçado em R$ 177 mil. A superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Sueli Lacerda, completou informando que “só o cercamento do CCZ estava estimando em um custo de R$ 103 mil. Quem conhece sabe que é um espaço muito grande”, completou.
A Associação dos Protetores de Animais de Sete Lagoas (Aspa 7) foi representada por Jonathan Lopes 7 que reforçou o pedido pela reforma do espaço e também ampliação dos atendimentos. “É necessário, importante e questão de saúde pública”. Outras ONGs que tratam do tema também prestigiaram a sessão.
Pr. Alcides reforçou que “não é de hoje que carregamos essa bandeira”. O vereador lamentou o fato de que no “presente a gente sofre os devaneios de governos que não cumpriram o que trataram”. A fala faz referência a uma emenda de 200 mil costurada pelo parlamentar junto ao então deputado federal Marcelo Álvaro Antônio. “Em um trato verbal essa verba iria para a revitalização do CCZ, mas, infelizmente não foi”, concluiu.
“Faltou respeito do município”, disse Ismael Soares (PP) sobre o veículo castramóvel conseguido por ele, mas que não foi efetivado e colocado na rua pela gestão passada. “É lei, tem que sair do papel”, reforçou sobre a Lei 8647/2017 sancionada pelo prefeito Leone Maciel que “dispõe sobre o controle populacional de cães e gatos através de uma unidade móvel – projeto castramóvel – de esterilização e de educação”.
Marli de Luquinha (PSC) chamou atenção da população porque “se todos fizerem a sua parte não teríamos uma população tão grande de animais de rua”. Milton Martins (PSC) subiu o tom ao dizer que “é crime, deve ser apurado”, sobre as emendas destinadas e não utilizadas. “Vou convocar secretários para que se expliquem, não abro mão disso, é um direito meu como vereador”, completou e sugeriu: “diante do que foi colocado precisamos buscar novas emedas”.
Nina Lucas representou os protetores independentes. Representantes do deputado Noraldino Júnior, que colocou o gabinete à disposição, e do hoje ministro Marcelo Álvaro Antônio, Val Consolação, fizeram coro sobre a importância do espaço para a cidade.
No fim da sessão Renato Gomes elencou os seguintes encaminhamentos: “Ofício para secretaria de Fazenda e Saúde sobre recursos que vieram dos deputados Marcelo Álvaro e Noraldino Júnior. Com o quê e como foram gastos esses recursos? Acompanhar emenda de R$ 120 mil do deputado Douglas Melo e reunir com o prefeito para pedir urgência na licitação para reforma do CCZ. E o cumprimento da lei do castramóvel”.
Com Ascom CMSL