“O rock é uma expressão autêntica, que permite a crítica a favor da evolução e abre espaço para que cada um possa defender suas ideias”. Foi dessa forma que a banda de Groove Metal chamada Soulchamber respondeu quando perguntei o que achavam sobre o rock possuir a capacidade única de expressar e denunciar as preocupações da sociedade. Percebe-se o respeito que o grupo possui pelo gênero musical.
Atualmente, muitas bandas esperam alcançar o estrelato tocando rock, mas poucas realmente se importam com o som e o poder que ele pode dar às lutas e sentimentos de cada dia da nossa sociedade.
Composta por Gustavo Marques na guitarra, JC lestat no vocal, Juninho no baixo e Thiago Soares na bateria, a banda começou fazendo covers dos grupos Sepultura e Pantera em 2012. Depois, evoluiu para performar trabalhos autorais em inglês na maior parte, mas com uma canção em português: a “Caos Total”, em cujo clipe estão focados em gravar no momento. Da primeira formação da banda Juninho e JC lestat são os únicos integrantes originais.
A composição das músicas da banda é feita em conjunto; quando alguém propõe uma ideia, se ela agradar a todos os integrantes, eles começam a estruturar a canção. A maior parte delas são em inglês pelo fato da língua ter mais facilidade em atravessar as fronteiras nacionais, e assim alcançar uma maior quantidade de ouvintes.
Com influências das bandas Pantera, Sepultura, Lamb of God, Biohazard e Rage Against the Machine, os conteúdos de suas músicas envolvem os conflitos pessoais dos integrantes com ansiedade, medos e o desejo por uma vida melhor.
Confira a entrevista com banda de Groove Metal:
• Como tem sido esta experiência até o momento? O que ela somou para a vida dos integrantes?
É uma segunda família. Apesar das dificuldades nos mantemos unidos e sempre apoiamos um ao outro.
• Como vocês chegaram na decisão de tocar o Groove Metal?
Acho que é o estilo do qual somos mais próximos, mas também somos influenciados por muitas bandas de diferentes divisões do rock.
• Entre as músicas autorais da banda tem uma favorita que teve um significado especial para vocês?
Difícil escolher uma por que cada música tem sua história, então vamos citar “Lifeline” porque foi a nossa primeira. Sem ela não estaríamos aqui hoje.
Confira “Lifeline”
O nosso guitarrista que criou o *riff, depois nós fizemos alguns ajustes, e JC lestat compôs a letra. Ela fala sobre raiva e sobre estar no limite.
• Vocês já fizeram vários shows. Teve algum que marcou a carreira da banda?
O evento em homenagem ao Mateus, nosso antigo guitarrista que faleceu em um acidente de carro. O Soulchamber junto com a banda Syncronia, da qual ele também fazia parte, mobilizou vários músicos da cidade para fazer um som em memória dele.
A celebração ganhou o nome de “Soulcronia” que é a junção das duas bandas que ele tocava. E foi marcante porque nós celebramos a pessoa que ele era, e tocar foi nossa forma de mostrar que as músicas que ele compôs conosco continuarão a sua história.
• Vocês acham que Sete Lagoas possui bons locais expositivos para o rock?
Tem sim: Black Bar do nosso amigo Luciano, Opinião pub, TPM Estúdio e os coletivos UxNxF Underground Noise Fest, que sempre apoiam a cena.
• Quais são os seus planos profissionais para este ano de 2019?
Lançamento do single “Caos Total” para o final de agosto e trabalhar na gravação de um álbum completo que ainda está sem nome.
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*Riff: é uma progressão de acordes, intervalos ou notas musicais que são repetidas no contexto de uma música, formando a base ou acompanhamento. Riffs geralmente formam a base harmônica de músicas de Jazz, Blues e Rock. Os Riffs são, na maioria das vezes, frases compostas para guitarra elétrica.
Rebecca Soares