O cantor de MPB Pablo Sás lançou a música “Aqui Dentro” no YouTube na última sexta-feira (31). “A canção é uma viagem para dentro, uma busca por autoconhecimento e respostas que só nós mesmos podemos achar. Ela é um momento de introspecção e reflexão sobre a vida”, conta o sete-lagoano.
“A inspiração para essa canção surgiu de uma conversa com um amigo sobre nossa busca por algo que nos represente de verdade, sobre nossa essência e verdade. Isso aconteceu depois de três dias de carnaval tranquilo, em casa”, explica o cantor.
A canção é a primeira de três músicas gravadas ao vivo no estúdio Rockestra Records em Sete Lagoas. Todas são em formato acústico (voz e violão) e têm presença de convidados. As outras duas serão lançadas no YouTube futuramente.
O projeto foi ideia de uma amiga do cantor, Bárbara Rocha, e foi inspirado no Sofar Sounds, um movimento inglês que realiza shows intimistas de artistas independentes do mundo inteiro.
Confira a canção “Aqui Dentro”:
O sete-lagoano confessa que não consegue imaginar sua vida sem a música, já que ela sempre esteve presente em sua vida.
Ademais, explica que objetivo de sua arte é melhorar o seu mundo e o das pessoas que escutam suas canções.
Suas influências musicais vão desde Jimi Hendrix a Tom Jobim, e atualmente está ouvindo Lenine, Dani Black e 5 a Seco frequentemente. Portanto, podemos esperar influências desses artistas nos seus próximos trabalhos.
Confira um pouco mais sobre o artista:
• Como você se inseriu na área da música?
A música sempre fez parte da minha vida de forma muito natural. Comecei a tocar meu primeiro instrumento, a flauta doce, aos 7 anos e nunca mais parei (risos). Depois aprendi a tocar piano, violão e guitarra, nessa ordem.
• No que você está focado no momento?
Além de produzir e lançar meu trabalho autoral, planejo torná-lo sustentável.
• Você tem formação acadêmica musical, aula de canto, curso superior?
Iniciei o curso de Música na Universidade Estadual de Minas Gerais, mas não o conclui. Fiz aulas de instrumento e canto com alguns professores, entre eles Fred Carvalho, Giuliano Fernandes, Nelson Faria e Cléber Alves (harmonia e improvisação), Néstor Lombida (arranjo) e Anthônio (canto).
• Sobre o que se sente inclinado a escrever? Quais temas lhe atraem?
Falo sobre o amor, sobre as coisas simples do cotidiano, sobre minhas experiências e das pessoas próximas a mim. Tento transmitir em minhas canções algo que torne a vida das pessoas mais leve, melhor de alguma forma. Acredito que a música é um grande veículo transformador e tem uma função muito importante no nosso contexto social, político e, sobretudo, humano.
• Entre as suas músicas autorais você tem uma favorita que teve um significado especial?
“Até Ontem”, que lancei semana passada, é especial porque marca um momento novo na minha carreira, um retorno para dentro, para o começo de tudo.
• Fale um pouco sobre seu trabalho como intérprete e cite os artistas dos quais você faz covers.
Então, acho que a palavra cover remete a um lugar diferente. Eu faço versões minhas de artistas clássicos e contemporâneos de diversos gêneros. Acredito que se a música me arrepia ela é boa, o que me dá liberdade para transitar entre estilos que muitas vezes as pessoas possam considerar antagônicos. Acredito que arte é liberdade.
• Sete Lagoas está inserida no seu trabalho de que maneira?
Sete Lagoas é o lugar onde nasci, cresci e é cenário de várias das minhas músicas. É o começo de tudo, as primeiras bandas, os primeiros shows, está totalmente inserida com toda certeza.
• Fale um pouco sobre sua experiência com bandas.
A principal delas foi a Mamacadela, uma banda de rock autoral do início dos anos 2000. Com ela tive minha primeira experiência em estúdio e produzi muita coisa. Depois acompanhei diversos artistas e bandas de vários segmentos (MPB, pop, rock, sertanejo, axé). Um período de muito aprendizado, com toda certeza.
• Você já fez vários shows. Algum foi particularmente especial?
O Festival de Inverno de 2017 foi um momento importante, porque foi o primeiro show completamente autoral. Eu também lancei “Lágrimas”, uma música inédita da Roberta Campos com o Átila Moreira e Hey Você. Ela foi gravada ao vivo no Festival.
• Você acha que Sete Lagoas possui bons locais expositivos?
Sim, poderia ser melhor (sempre poderia), mas temos bons lugares.
• Quais são os seus planos profissionais para este ano de 2019?
Lançar meu primeiro disco/EP.
Mais informações sobre o trabalho do Pablo Sás:
Rebecca Soares