“Compor e gravar minhas próprias músicas é o que mais me traz satisfação pessoal”, explica o músico que começou a compor para a “Rotten Chaps”, uma banda de Thrash Metal da qual era integrante, em 1996.
Rafael Coimbra, de 37 anos, é um cantor multi-instrumentista. Ele aprendeu a tocar violão, piano, baixo, bateria e guitarra elétrica antes dos 14 anos.
Apesar de possuir uma vasta amplitude de gêneros musicais presentes em seus trabalhos, a música do cantor é majoritariamente influenciada pelo o que ele mais escuta, o rock.
Além de músico e cantor, o sete-lagoano é graduado em Relações Públicas pela PUC-MG.
Confira a entrevista com Rafael:
• Como você se inseriu na área músical? Como tem sido esta experiência até o momento? O que ela somou para sua vida?
Eu sempre escutei muita música, meu pai me deu uma vitrola e vários discos de vinil quando eu tinha uns 4 anos. Comecei a tocar quando criança também, minha mãe tinha um violão antigo e me deu de presente. Fiz algumas aulas de violão ainda nesse tempo com a Lisley Asmar e depois, na adolescência, estudei guitarra elétrica com o Fred Carvalho (que era professor do Melodia Livre na época), ambos muito conhecidos e merecidamente respeitados em Sete Lagoas.
Depois continuei praticando e aprendendo a tocar outros instrumentos sozinho, como o baixo, bateria e piano. Passei a tocar em várias bandas a partir dos 14 anos.
• Fale um pouco sobre o seu álbum lançado em 2015. Como foi processo de produção, composição e suas inspirações e influências musicais?
Meu primeiro álbum “Earth Overkill” foi gravado e produzido por mim e por meu amigo Fred Calazans. A maior parte foi gravada no Nordo Studio e algumas coisas foram gravadas no meu estúdio.
As músicas foram todas compostas por mim. Na maioria das faixas, gravei todos os instrumentos sozinho. Em algumas delas, o Fred gravou a bateria/percussão e meu amigo Vinicius Preisser, participou também gravando órgãos numa das faixas.
Na finalização, o disco foi masterizado por Geoff Pesche no Abbey Road Studios em Londres.
Nos shows, sempre tive a preciosa colaboração de meus queridos amigos Sérvio Vinícius (Baixo), Fred Calazans (Bateria), André Gontijo (Guitarra), Renata Cassimiro (Percussão/Vozes/Teclas), Vinícius Preisser (Pianos/órgãos) e Gabriel Marinho (Guitarras).
As influências são diversas, tanto na sonoridade quanto na abordagem do trabalho, geralmente não define o contorno da composição num processo objetivo – é um produto de minha própria experiência, feito de forma livre e com muita dedicação.
• Sobre o que se sente inclinado a escrever? Quais temas lhe atraem?
Possuo uma vasta amplitude de interesses. A experiência humana de maneira geral: da cultura popular e a importância das liberdades individuais às experiências mais íntimas, pessoais e subjetivas que se possa imaginar.
• Entre as suas músicas autorais você tem uma favorita que teve um significado especial?
Gosto muito de “Oblivion”. Além de ter gostado muito do resultado final da sonoridade, a letra trata de denunciar a fragilidade e decadência de modelos de sociedade coletivistas e seus tiranos.
Confira no “Oblivion” no Spotify
• Sete Lagoas está inserida no seu trabalho de que maneira?
Sete Lagoas é uma cidade que possui um entorno natural maravilhoso, personagens e histórias sensacionais. Eu nasci em Sete Lagoas e mesmo entre idas e vindas, passei bastante tempo na cidade. Conheci pessoas muito criativas, toquei em diversas bandas na cidade, como a “Charlie Backer”, “A Banda de um Amigo Meu” e a “Vovó Está de Bruços”. Tenho amigos de infância em Sete Lagoas que ainda tocam comigo e a parceria se estende além da música. Sou muito grato por isto!
• O que te fez ir morar na Irlanda?
Então, em 2011 uma música minha, “Pupa” entrou para a programação da Rádio Oi fm, que estava presente em várias capitais do país, através do Gustavo Zubreu (que também é de SL e era programador da rádio na época)
Com isto, a música chegou a muitos lugares. Com a ajuda da Dalila Bastos que era de uma produtora de BH, isto se estendeu um pouco mais. Logo mais, apareceu a oportunidade de tocar num festival na Noruega, por intermédio da Nicolle Vieira, e com isto acabaram aparecendo outros shows em Manchester e Dublin.
Resumindo, gostei muito de Dublin e decidi ficar por aqui, já que havia essa possibilidade.
• Você já fez shows? Algum foi particularmente especial?
O show de lançamento do meu álbum em Setembro/2015, no bar A Obra em Belo Horizonte e no Opinião Pub foram especiais, pela conclusão do ciclo desta produção. Foi muito gratificante.
• Qual é o objetivo pessoal da sua música?
Minha própria satisfação. Consistência sonora e de repertório. Caso alguém, além de mim, se emocione, interesse ou goste do meu trabalho, a satisfação aumenta progressivamente! (risos).
• Você acha que Sete Lagoas possui bons locais expositivos para o seu estilo de música?
Já teve vários. Hoje em dia, só conheço o Opinião Pub.
• Quais são os seus planos profissionais para este ano de 2019?
Estou em fase de produção do segundo álbum, que se estenderá até o próximo ano.
Você pode acompanhar o Rafael pelo Spotify, Facebook e Instagram.
Rebecca Soares