O Programa Passando a Limpo desta sexta-feira (29) recebeu Marcelo Marani, da Francesinha Pizzeria, e José Afonso, do Lagoa Espetos, proprietários de dois restaurantes participantes do 3º Festival Enogastronômico de Sete Lagoas. Eles encerraram a série de convidados dos entrevistadores Álvaro Vilaça e Wagner Oliveira, falando sobre seus pratos e os processos de criação e harmonização.
Marani conta que está muito feliz por participar da terceira edição e que por ter participado das outras duas edições não via como não estar também nesta edição. Ele disse que ampliou as dependências de seu estabelecimento e que está trabalhando para expandir ainda mais a Francesinha Pizzeria, buscando sempre atender cada vez melhor seu cliente.
Já prestes a encerrar esta edição do Enogastronômico, José Afonso do Lagoa Espetos reafirmou o sucesso do festival e aproveitou o momento para parabenizar o amigo Marcelo pela expansão do seu espaço, ressaltando que Sete Lagoas necessita de mais eventos como o Enogastronômico para levar os prazeres da gastronomia à população e turistas da cidade.
O proprietário da Francesinha lembrou que muitos sete-lagoanos procuram entretenimento e diversão em outras cidades, e ressaltou que acredita no potencial do Festival Enogastronômico, que o evento precisa ser, sim, abraçado pelo município, e que precisam fazer o festival crescer cada vez mais. Ele relatou inclusive que outras cidades buscam inspiração no Enogastronômico para promoverem eventos similares para apreciação da gastronomia.
Sobre a manutenção do prato inscrito no festival no menu do restaurante, José Afonso conta que após o festival são feitos experimentos e caso o prato participante tenha boa saída, certamente será inserido no cardápio fixo da casa. Marcelo contou que o prato mais pedido de sua pizzeria é a Marguerita Gourmet, que foi participante do primeiro festival. Segundo Marani a pizza que foi elaborada e servida para a rainha da Inglaterra por um pizzaiolo italiano foi reeditada por ele e pelo chef Henrique Burd, e ganhou o paladar da clientela, sendo muito apreciada e ganhando lugar de destaque no cardápio fixo do restaurante.
José Afonso desabafa lembrando que as pessoas da cidade valorizam muito o que existe fora e não prestigiam o produto sete-lagoano. Ele ressalta que trabalham para que esse evento integre o calendário fixo da cidade e que os cidadãos passem a conhecer melhor os restaurantes do município, que Sete Lagoas tem potencial, mas é importante ter a participação e o apoio do poder público.
Sobre o consumo de vinho na cidade Marcelo relatou que antes do festival era vendido na Francesinha uma média de 20 a 30 garrafas de vinho por mês, e após o evento passou a vender mais de 100 garrafas/mês, e desmistifica a ideia de que o vinho é uma bebida elitizada e cara, e a partir do festival, com o treinamento que é realizado nos restaurantes participantes, a bebida passou a ser mais democratizada e consumida por todos os clientes.
Quanto à harmonização Marani afirma que no Brasil, e não é diferente em Sete Lagoas, o consumo de vinho não é tão difundido quanto em outros países como Itália e França. Ele acredita que o pessoal de Sete Lagoas dá muito valor aos restaurantes da cidade, salientando o grande movimento do Lagoa Espetos por tantos anos.
Marcelo contou que viaja muito para outros países conhecendo sabores, produtos, produções e ressaltou que sente a necessidade de inovar, criar e atualizar para se manter com a casa aberta e com reconhecimento por tanto tempo de mercado.
Questionado sobre a batata que é servida de acompanhamento em seu prato inscrito, José Afonso conta que as mil folhas de batata é resultado de muito experimento, e que conseguiu agradar a maioria de seus clientes, em combinação com uma boa carne.
Sobre a pizza inscrita pela Francesinha, Marcelo conta que o resultado é fruto de uma intensa pesquisa, onde buscou o balanço entre o que há de mais moderno e o mais tradicional, resgatando a forma como a vera pizza Napoletana era feita há alguns séculos atrás, numa combinação muito simples, mas que harmonizou muito bem com os vinhos Casas Del Maipo.
Sobre os ingredientes usados nas cozinhas dos restaurantes participantes do festival, Marcelo afirmou que prima por insumos de qualidade, exemplificando que para chegar a uma boa massa, utiliza uma farinha especial importada da Argentina, e que trabalha com os ingredientes mais puros possíveis, orgânicos, selecionados com cuidado para que seja servido aos clientes o melhor alimento. Com tanta novidade em termo de carne, José Afonso conta que existem hoje frigoríficos que trabalham com iguarias que têm condições de levar ao cliente um produto com a melhor qualidade, ele pontua que tem que ser realmente o melhor produto para levar à mesa do cliente um prato da melhor qualidade.
Assista o programa na íntegra pela página do site SeteLagoas.com.br, ou ouça a reprise no domingo após a jornada esportiva pela Rádio Eldorado AM 1300. O Programa Passando a Limpo vai ao ar ao vivo, toda sexta-feira a partir das 8h da manhã, com apresentação de Álvaro Vilaça e Wagner Oliveira.
Com Portal Sete