A Prefeitura de Sete Lagoas, por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), retomou um dos projetos que, certamente, resolverá o maior problema de Sete Lagoas na área de saneamento básico. A perspectiva é que a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) seja reiniciada em setembro, com a conclusão da Concorrência Pública iniciada no dia 15 de julho, e que cumpre prazos legais.
Sete Lagoas coleta cerca de 97,5% de seu esgoto sanitário, mas somente 10% deste total são tratados por meio de mini-estações sob responsabilidade do SAAE. Os outros 90% são despejados “in natura” nas bacias do córrego dos Tropeiros e do ribeirão Matadouro, chegando até o Rio das Velhas. Por isso, a construção da ETE também é o projeto de maior alcance ambiental da história de Sete Lagoas. “A expectativa é reiniciar a obra no próximo mês. É um projeto com investimento de mais de R$ 88 milhões que vai resolver um problema crônico do município. O reflexo positivo não será só na questão ambiental, mas também para o nosso desenvolvimento econômico”, avalia o prefeito Duílio de Castro.
A obra, iniciada no primeiro semestre de 2018, foi paralisada por conflitos entre a empresa vencedora da licitação e o SAAE. Por isso, outra concorrência foi aberta e a perspectiva é que todas as suas etapas sejam concluídas até o dia 4 de setembro. “O prazo de execução é de 18 meses, mas em 14 meses de andamento dos trabalhos, a ETE estará apta a operar. A capacidade inicial é de 510,73 litros/segundo, com projeção até 2035, quando a estimativa prevê Sete Lagoas com 294.182 habitantes”, explica o presidente do SAAE, Robson Machado. A ETE será construída na comunidade de Areias, após o bairro Tamanduá.
Atualmente, Sete Lagoas tem 95% de cobertura de rede coletora de esgoto e 99% de rede de distribuição de água. O empreendimento será construído em uma área de 111.793 m² e terá uma única unidade para atender às duas bacias hidrográficas da sede do município. O sistema de tratamento contará também com a construção de seis novos interceptores, perfazendo 13.171 km, três linhas de recalque totalizando 8.373 km, três estações elevatórias e um emissário. O sistema de tratamento será constituído de tratamento preliminar, reatores UASB, filtros biológicos, decantadores e desidratação de lodo.
A atual gestão municipal atuou forte para garantir o cumprimento do contrato n° 0424.406-56, firmado com o Governo Federal para a execução do projeto. No total, serão investidos mais de R$ 88 milhões em recursos do PAC Saneamento Básico e contrapartida do Município. De acordo com cálculos do Ministério da Saúde, cada real investido em saneamento representa de R$ 4 a R$ 5 de benefício para a saúde pública.
Com Ascom PMSL