O programa Passando a Limpo desta quinta-feira (13) entrevistou os pré-candidatos a prefeito Pastor Reinaldo (PTC) e Coronel Peçanha (Cidadania). Confira alguns trechos das entrevistas.
Pastor Reinaldo
O programa teve início com a entrevista ao candidato Pastor Reinaldo, que comentou sobre a situação de Sete Lagoas ao longo dos últimos 20 anos. “Nós sabemos, nos últimos 20 anos, têm passado por transformações, e essas transformações que Sete Lagoas vem passando, na verdade, é uma transformação de degradação”, opinou.
Segundo ele, é uma cidade que falta planejamento e gestão, além de ser pautada na “velha política”, em uma política “hereditária” e egoísta. “Acredito eu que uma grande empresa assim como prefeitura tem que ter um gestor que saiba ler um projeto, fazer o planejamento, que saiba as necessidades prioritárias para a cidade”, constata o pré-candidato. Ele ainda completa dizendo que “quem decide é o povo. E o Pastor Reinaldo representa o povo e o nosso slogan é ‘o povo no poder'”.
Sobre a reabertura do comércio, Pastor Reinaldo se diz a favor e acrescenta que “houve uma falha de gestão em Sete Lagoas. Nós temos que cumprir as leis, ou seja, se foi determinado que tinha que abrir X leitos, nós teríamos que ter aberto. Se foi depositado o dinheiro nós teríamos que fazer isso. Acredito que houve uma falha. Ficamos cinco meses com o mercado fechado. Hoje nós temos milhares de empregos perdidos em Sete Lagoas. Hoje nós temos uma economia devastada em Sete Lagoas. Eu, como empresário de Sete Lagoas, sinto isso desde o mês de março, quando foi decretado o fechamento”, afirmou.
“Se a nossa gestão tivesse obedecido as regras corretamente, não necessariamente teria que fechar todo o mercado como fechou, e hoje nós temos centenas de empresas já fechadas, com CNPJ já cancelado. Acho que houve um erro; não se preocupou com a população de Sete Lagoas. Infelizmente essa é a nossa política, é a velha política”, completou.
Sobre a utilização das redes sociais ao longo da propaganda política, Pastor Reinaldo afirma que “hoje nós vivemos uma atualidade em que as redes sociais têm um papel fundamental não só na campanha deste ano de 2020 mas também na vida do cidadão. Hoje quem não tem um celular? Quem não tem hoje um Facebook, um WhatsApp? Nós sabemos que estas eleições de 2020 vão ser, provavelmente, uma forma e expressão através das redes sociais. Acredito que 70% das campanhas, da publicidade, será através das redes sociais”.
O tema sobre o fundo partidário foi levantado durante a entrevista e o pré-candidato se colocou contra sua utilização pois acredita que há outros meios de se fazer campanha, além de ser um “dinheiro do povo”, disse. “O meu partido tem um valor, isso não sou eu que decido, quem decide é a maioria. Acredito que será utilizado. Em Sete Lagoas, como o nosso partido tem liberdade para poder trabalhar a gente ainda discute isso dentro da nossa equipe. Usamos a democracia no nosso partido aqui em Sete Lagoas, e nós queremos fazer com que sejamos um exemplo”, afirmou.
Pastor Reinaldo afirma que “o PTC não contempla com a velha política. O PTC não se aliará a candidatos que já estão no poder há muito tempo e que acreditamos que não fizeram uma boa gestão e que não vão fazer uma boa gestão, porque mesmo a pessoa tendo a qualificação, existe o status, existe a briga de poder. E essas pessoas não estão atrás do bem-estar da cidade”.
“Sete Lagoas precisa melhorar em várias áreas. Então nós precisamos de um gestor que seja empreendedor, de uma pessoa que tenha uma visão”, finalizou.
Coronel Peçanha
Natural do Rio de Janeiro, o pré-candidato Coronel Peçanha iniciou dizendo que “nós vivemos no país há algum tempo uma política desacreditada, uma política que em termos de credibilidade está lá atrás. Quando eu era tenente, ainda ‘menino’, eu vim servir em Sete Lagoas em 1990 e aqui permaneci… Desde a década de 1990 para cá, a cidade vem sofrendo uma degradação muito grande, e o Coronel Peçanha, após um casamento de 39 anos com o Exército Brasileiro, resolveu dar essa contribuição para fazer alguma coisa para reverter esse quadro da cidade”.
O pré-candidato chegou a morar em diversas cidades do Brasil, mas afirma que Sete Lagoas o conquistou. “Foi aqui que Deus me abençoou, com uma esposa, meu enteado, e a cidade ainda me brindou com dois filhos. E eu gosto de Sete Lagoas; eu amo Sete Lagoas. E eu poderia realmente morar em qualquer lugar do Brasil. Tem meu filho em Porto Alegre, com dois netos, mas eu, como carioca, confesso que não gosto muito do frio”, brincou.
Sobre a relação de ”toma-lá-dá-cá” entre o Executivo e a Câmara Municipal, Peçanha afirmou que “realmente essa é uma realidade até então na política brasileira e é por isso que nós precisamos de renovação, e o momento chegou porque as eleições estão aí. Com relação aos atritos e problemas que existem entre a Câmara e o Executivo, no meu entendimento isso é normal, porque a física já pré-determinou que o trabalho está na equação do atrito; onde tem atrito existe trabalho”, comparou.
“Esse atrito tem que ser salutar, tem que estar fundamentado na ética, no respeito às opiniões divergentes. A divergência de ideias faz parte da democracia. O que não pode é a ética, a moral, os bons costumes serem deixados de lado”, opinou.
O orçamento municipal foi pautado pelo apresentador Álvaro Vilaça, que destacou a folha de pagamento dos servidores, realização de obras e pagamento de dívidas como parte do cálculo. “Essa conta fecha?”, questionou.
Para Peçanha, “é uma conta difícil de fechar, mas com uma boa gestão e realizando as coisas a longo prazo… por lei, existem determinados percentuais do orçamento que você tem que dedicar para a Educação, Saúde; então nisso o prefeito não pode mexer. Mas fazendo esse diagnóstico interno e externo, verificando onde estão os gargalos, onde o recurso está sendo represado, onde existem investimentos desnecessários; isso nada mais é do que administrar e gerir. Você gere pessoas e administra coisas”.
Assista ao programa completo para saber mais sobre opiniões e propostas dos pré-candidatos a prefeito de Sete Lagoas:
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Da Redação