O programa Passando a Limpo recebeu nesta sexta-feira a infectologista dra. Valéria Paiva e Silva, que apresentou muitas informações sobre a situação da pandemia do COVID-19.
A dra. explicou, durante a entrevista, que os quadros de óbito na cidade ocorreram em sua maioria com pacientes de grupo de risco. “A maioria das morbidades associadas era cardiopatia. Sempre tinha insuficiência cardíaca, também né, já prévia. Mas a gente tinha também paciente que tinha Parkinson, hipertireoidismo, obesidade, a gente tem que lembrar que obesidade é um fator de risco, o diabetes é um fator mas não tanto quanto a obesidade. […] Ou, ás vezes, alguns pacientes já tinham, por exemplo, algum problema pulmonar, ou era uma asma, ou o paciente já tinha um efizema, ou ás vezes tinha uma bronquite por causa de um tabagismo intenso.” foi destacado pela doutora.
Sobre a vacina da doença, a doutora levantou várias questões que ainda são analisadas pelos cientistas, como por exemplo qual será a eficácia do medicamento, se será preciso tomar apenas uma dose, ou a cada seis meses, ou anualmente…
Ela explica ainda sobre o valor de remédios que são ingeridos por pessoas que acreditam que ajudam na prevenção e no combate ao vírus, como a vitamina D, ivermectina e hidroxicloroquina. “Esses remédios estão todos em um balaio só, que não existe comprovação científica do seu valor. Não tem valor. Existem estudos científicos que a gente chama de ‘Estudo de Duplo-Cego’, que eu pego um grupo de pessoas e estou testanto uma medicação, aí eu pego aquele grupo e divido na metade, uma parte vai tomar o remédio e uma parte vai tomar o placebo. Eu que estou administrando o remédio, eu não sei qual é o meu paciente: o placebo, ou o remédio. E depois eu vou avaliar a resposta do paciente sem saber o que ele tomou. Depois que eu faço as avaliações vai para uma terceira pessoa que vai pegar e olhar: olha esse grupo aqui aconteceu isso e esse grupo aconteceu isso. Esse estava tomando remédio e esse não estava tomando remédio. […] Esses são os trabalhos científicos de maior valor. Mas para você fazer isso, quanto maior o número de pacientes que eu tenho, maior a possibilidade de eu ter uma resposta com eficácia. […] Agora tem muitos estudos que estão saindo aí que a gente chama de Estudos Observacionais, de observação. Que eu vou dar o remédio apra esse paciente e eu observei.” ela explicou.
Outros assuntos foram abordados ainda, sobre como poderá ficar o cenário social pós-pandemia, como o vírus se multiplica e contamina a população e como os governos estão lidando com esse problema.
Para assistir o programa completo, acesse a página do facebook do Portal Sete Lagoas e acompanhe a entrevista!
Da Redação