Na tarde da última segunda-feira (05), foi assinado contrato entre o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e o Consórcio Sete Lagoas, formado pelas empresas Infracon, RFJ, Sinarco, R&R, Dact e Conata Lider. O grupo venceu a licitação com valor total de R$ 72,4 milhões (dos quais R$ 8,6 milhões são contrapartida do Município) para reiniciar e concluir as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), na comunidade de Areias, região do bairro Tamanduá.
Com o contrato assinado, o pool de empresas foi autorizado a reiniciar imediatamente as obras da ETE, que será responsável por tratar todo o esgoto de Sete Lagoas e devolver água limpa para o Rio das Velhas, passando antes pelo córrego dos Tropeiros e pelo ribeirão Matadouro. Hoje 90% do esgoto do município é dispensado in natura, poluindo os recursos hídricos da região. Somente os outros 10% são tratados por meio de mini-estações do SAAE. Assim, a ETE pode ser considerada o projeto de maior alcance ambiental da história de Sete Lagoas.
Histórico da obra
Com as obras iniciadas em 2018 e suspensas pouco tempo depois por conflitos de contrato entre o Município e a empresa selecionada por licitação na época, a ETE terá um sistema de interceptação unificando e sistematizando o esgotamento sanitário de Sete Lagoas. Para retomar as obras, desde o início do ano o Município e o SAAE atuaram para garantir os recursos oriundos do Governo Federal por meio do contrato n° 0424.406-56.
A Concorrência Pública nº 02/2019 teve seis propostas apresentadas, das quais o Consórcio Sete Lagoas saiu vencedor. O contrato foi assinado pelo presidente do SAAE, Robson Machado, e o representante do consórcio, Gustavo Bueno Camatta. De acordo com o presidente do SAAE, a expectativa é que os trabalhos sejam iniciados o mais breve possível. “Toda a equipe técnica do SAAE está colaborando. O prazo de conclusão da obra é de 18 meses, mas em 14 meses a ETE já estará apta a operar”, afirma.
Informações técnicas
– Capacidade inicial de 510,73 litros/segundo, com projeção até 2035;
– Terreno de aproximadamente 130.000 m²;
– Seis interceptores, perfazendo aproximadamente 31 km;
– Tratamento em duas fases: uma anaeróbica, constituída por reator do tipo UASB, e outra aeróbica, composta por filtros biológicos percoladores e decantadores secundários.
Da Redação