Últimas da cena cultural pelo mundo com Titãs, Ney Matogrosso, Caetano Veloso e outros.
Estreou ontem nos cinemas “Rocknrolla” do ex-marido de Madonna, Guy Ritchie
Dizem que a Madonna foi pé frio na carreira do Guy Ritchie. Enquanto eles estavam casados o diretor só fez filme ruim e agora depois de separados ele lança um filme novo que é realmente sensacional, provando que a separação lhe fez bem. O filme enfoca a máfia russa que domina Londres e acaba criando conflitos e mexendo com a hierarquia do crime na cidade. O diretor que sempre foi chamado de machista por não inserir personagens femininas em suas tramas, dessa vez foi além. Inseriu uma personagem feminina com bastante destaque e um personagem gay que faz parte de uma gangue de ladrões. A direção dele no filme é sensacional, cenas como de um usuário de drogas tendo uma overdose e o casal fazendo sexo são muito originais.
Titãs se reúnem novamente no lançamento do filme “Titãs – A Vida até parece uma Festa”
Uma noite de muita emoção na Mostra Internacional de São Paulo. A procura por ingressos do filme sobre os Titãs foi tão grande que foram abertas três salas para o filme. Arnaldo Antunes, Branco Mello, Nando Reis, Tony Bellotto, Sérgio Britto e Charles Gavin tiraram fotos juntos para a imprensa antes da projeção relembrando os velhos tempos. O filme é um documentário que reúne filmagens dos próprios integrantes da banda e imagens de arquivos de apresentações no Rock in Rio, no Festival de Montreux nos prêmios da MTV e em programas de auditório. Temas delicados foram citados de maneira bem leve como a prisão de Arnaldo Antunes por porte de drogas, o afastamento de Arnaldo Antunes e Nando Reis da banda e a morte de Marcelo Fromer. O filme foi bastante aplaudido e a sessão contou com diversos famosos na platéia como Malu Mader (esposa de Tony Bellotto), o ex-jogador Carlos Casagrande, Sofia Reis (VJ da MTV e filha de Nando Reis), Caco Ciocler, Paula Burlamaqui e todos os Titãs.
Caixa “Cameleão” traz parte da discografia de Ney Matogrosso
Em novembro a gravadora Universal Musica vai lançar uma caixa especial contendo parte da discografia de Ney Matogrosso. A coleção conta com 16 álbuns, alguns clássicos de sua carreira como “Água do Céu Pássaro” (seu primeiro álbum solo, após sua saída do grupo Secos e Molhados), uma apresentação ao vivo em Montreux ao lado de Caetano Veloso e João Bosco e coletâneas trazendo gravações que não entraram em seus trabalhos.
Caetano fala sobre discos de ex-integrantes do Los Hermanos em seu blog
Caetano Veloso que atualiza sempre seu blog (www.obraemprogresso.com.br) comentou sobre os discos solos de Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante com sua nova banda Litlle Joy. O cantor que sempre se declarou fã do Los Hermanos comentou sobre os dois álbuns.
Segundo ele “O disco do Camelo é bom à beça: ele toca violão muito bem naquela faixa de letra curta; a decisão de soar relaxado e livre de tiques reconhecíveis pode virar um novo tique se o ouvinte tiver má vontade – mas é assumida com bravura e realizada com decisão; eu gosto; é carioca num grau Marisa Monte; é um luxo que ele seja a estrela solitária do momento em nossa música inventiva.”
“Já ouvi muito do de Rodrigo Amarante com Fabrício dos Strokes (que trouxe a namorada): os ecos de pop rock do início dos anos 60 – com um toque country – soam com frescor inventivo que descarta ironia ou nostalgia; é música imediata; a gente não pensa em tiques nem em toques – apenas entra em contato com as emoções que motivaram as canções, ou melhor, nas emoções que as canções motivam. Mas a ida à Itália me interrompeu a audição, de modo que comentários mais responsáveis ficam para depois.”
Nina Becker homenageia Rita Lee em show
O primeiro disco solo da Rita Lee foi lançado quando ela ainda estava nos Mutantes. O álbum “Build up” teve produção e composições do Arnaldo Baptista que ainda mantinha uma boa relação com a Rita Lee. “Build up” é um disco bem divertido, tem música dos Beatles, uma canção havaiana, uma receita de macarrão com lingüiça musicada e a linda “José” que fez bastante sucesso na época do lançamento.
Nina Becker conta que ouvia o álbum desde criança e despertou sua vontade de cantar graças a ele. Depois de anos ela resolveu fazer um show com todas as músicas do álbum. Acabei assistindo e foi bem legal. Ela tem uma voz bem próxima da Rita Lee jovem, um timbre bem delicado e doce que é perfeito pras canções. Uma grande homenagem e um bom show.
Rubens Beghini
Especial de São Paulo