A prefeitura e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto aguardam o parecer da União quanto a aprovação das quatro propostas enviadas ao Ministério das Cidades. Se aprovado, o parecer que deverá ser emitido no mês de setembro vai viabilizar e estruturação da cidade, quanto a melhoria da distribuição de água no município e fazer com que a cidade consiga comportar os 245 mil habitantes a mais no ano de 2021.
Os projetos, são voltados para as áreas de saneamento básico, abastecimento de água e construção de novas moradias populares. Segundo
informações da Prefeitura de Sete Lagoas, os projetos que já foram pré-selecionados, estão orçados em R$68 milhões. Segundo avaliação do secretário de Obras, Geraldo Guaraci, a expectativa é que a cidade não encontre problemas quanto a liberação de recursos para execução das obras. “A Prefeitura tem hoje acesso ao Ministério das Cidades devido a boa qualidade na gestão das obras que envolvem recursos federais”, assegura.
O planejamento feito pelos técnicos municipais priorizou a complementação das obras começadas, as quais constroem infraestrutura para tratamento de esgoto, interligam poços e reservatórios para não faltar água e edificam moradias para a população que vive em áreas de risco. Ao final das duas fases de convênios com o governo federal, a cidade não sofrerá com falta de água: a saída vem com a criação de um sistema misto, trazendo o líquido do solo e também do Rio das Velhas para abastecer poços e reservatórios, os quais estarão ligados de uma região a outra.
Os benefícios chegarão também ao tratamento de esgoto, que aumentará a capacidade em 20 vezes, deixando o patamar de 4% para alcançar 80% de limpeza nos resíduos jogados nos córregos. “Sete Lagoas recebe infraestrutura debaixo da terra para comportar um desenvolvimento ordenado nas ruas e bairros”, explica a engenheira do Saae, Maria Fátima L’Abbate. E para oferecer condições dignas de moradia para quem vive em áreas de risco em bairros como Kuait e Iraque, 300 casas estarão disponíveis para abrigar os moradores no Jardim dos Pequis.
QUATRO NOVAS OBRAS
A primeira proposta pretende construir mais 60 casas para famílias moradoras de áreas de risco dentro do condomínio do Jardim dos Pequis, o qual já recebe a edificação de outras 240 moradias. O investimento será de R$ 2,8 milhões.
Em frente a esse novo bairro que surge, a Prefeitura e o Saae planejam complementar a rede de esgoto do Verde Vale e edificar uma Estação Elevatória e outra de Tratamento de Esgoto (ETE) com R$ 4,7 milhões. “A medida minimiza o problema de esgoto da região do Bairro Verde Vale que hoje é lançado diretamente na Lagoa do Poço e córrego dos Tropeiros”, explica Guaraci.
A terceira obra prevê gastos de R$ 58 milhões para tratar 100% do esgoto jogado na bacia do córrego do Matadouro. A solução virá com a construção de uma ETE e interceptores na área, complementando a nova rede que está sendo erguida com a estação de tratamento e dutos no bairro Cidade de Deus.
Para finalizar a interligação dos poços e reservatórios da cidade começada há quatro meses, uma nova adutora de água será implantada entre o poço do Monte Carlo e o reservatório São Cristóvão, com verba de R$ 2,5 milhões.
A equipe técnica da Prefeitura e Saae solicitou ainda à União, na classe de estudos e projetos, recursos de R$ 660 mil para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico com o objetivo de definir como será a gestão dos serviços de água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos no município.
TRABALHO INTEGRADO
A realização das propostas ficou a cargo de duas coordenações. Pela Secretaria de Obras, formada por secretário Paulo Rogério Paiva e engenheiro Geraldo Guaraci; e pelo Saae, com a participação do presidente da autarquia, Ronaldo Andrade, a engenheira Maria Fátima L’Abbate e Gilberto Cunha. Na parte de engenharia, auxiliaram nos processos: engenheira Fabiana Romano, engenheiro Fernando Costa, arquiteta Fernanda Lanza e técnica Maria Gabriela. Todos os projetos contaram com apoio da presidente do Serpaf, Adriane Branco, e Marina Schaun para planejamento de ações sociais nas comunidades que receberão as melhorias. No setor de Convênios, a experiência de Elto Sávio Dutra, engenheiro Afonso França e Maria Imaculada Fonseca.
da redação com informações da SECOM/Prefeitura de Sete Lagoas