presidente da Itambé, Jacques Gontijo Álvares, avaliou a situação do setor, que ainda está em processo de recuperação da crise mundial de 2008 e também a importância da produção do leite de Sete Lagoas para a região.
SSL: Quanto começou a atuação da Itambé em Sete Lagoas?
Jaques Gontijo: A cooperativa da Itambé em Sete Lagoas é uma das filiadas de todo o Brasil, fundada em 1957. A Itambé tem uma ligação muito forte com a fábrica daqui, que hoje é considerada a principal fábrica na região e uma das fundadoras da cooperativa central. Sete Lagoas é vista como uma das mais importante cidades da região e se destaca como um pólo na produção de leite.
SSL: Como está o setor de leite hoje? Os produtores vivem um momento favorável?
JG: O mercado de leite tem sofrido muitas oscilações com o passar dos anos. Nos anos de 2007 e 2008, foram anos bons para o setor. Já em 2009, em função da crise de 2008, piorou muito. Neste ano, o setor começou “razoável” e a expectativa é que o produtor tenha um preço um pouco melhor em relação ao ano anterior.
SSL: Quais as maiores dificuldades para produção hoje?
JG: O produtor dever ter muita atenção em relação a sua eficiência, pois a competição é muito grande, principalmente nessa região, que tem uma grande bacia leiteira, com cerca de seis cooperativas.
SSL: Em relação aos preços, existe hoje uma defasagem devido à grande oferta?
JG: Hoje, o preço é livre, e basicamente formado pelo mercado. O Brasil produz mais do que consume, então há a necessidade de se exportar mais leite. Em relação a isso, a Itambé se preparou para o fato e hoje é a maior exportadora de leite do país, apesar da crise de 2008. Não paramos de exportar, tivemos uma queda, mas o que esperamos é que o setor volte a exportar como antes e que a demanda interna aumente ainda mais.