O gerente das viações Turi e Setelagoano Danilo Walker Cruvinel apontou as dificuldades que as empresas de ônibus estão vivendo durante os últimos dois anos no Passando a Limpo nesta sexta-feira (25).
Problema nacional
Danilo Walker aponta que com a vinda da pandemia de COVID-19, a situação do transporte setelagoano se deteriorou. A partir de abril de 2020, o número de passageiros que usavam o sistema público de transporte caiu consideravelmente, mas com os custos de operação se mantendo ou elevando: “Nós não chegamos a 70% das coisas que eram antigamente”, aponta.
O gerente aponta que o modelo atual realizado em todo o Brasil está a nível de colapso financeiro e operacional, e que Sete Lagoas não está fora desta realidade. “Nós tivemos um reajuste de 75% [do diesel] em doze meses; é um absurdo. Isso impacta demais nos preços; o governo federal tem que subsidiar isso”, afirma Danilo, que é o combustível e seu preço flutuante e desenfreado que afeta a operação.
“O sistema de transporte está entrando em colapso”
“Nós estamos tentando suportar a operação do sistema, mas chegou um momento que ou a gente para ou devolve a concessão para o município”, afirma o gerente da Turi, dizendo que está em constantes tratativas com os poderes públicos municipais para manter o serviço de transporte público, mesmo amargando prejuízos.
Uma das soluções para mitigar o problema, a curto prazo, é o aumento da tarifa do ônibus. O gerente da Turi reconhece que é uma medida muito impopular e que, se fosse aplicado o aumento de maneira técnica (em estudos da empresa seria o valor de R$ 6,30), a população de Sete Lagoas não teria como pagar. Para chegar a um fator comum, Danilo Walker comenta que está em constante tratativas com a Câmara Municipal para que haja mudanças nas leis.
O gerente também aponta que os funcionários também estão insatisfeitos, já que não há reajustes salariais e há uma ameaça de paralisação.
Como secretário de trânsito e transportes de Sete Lagoas, o entrevistador Wagner Oliveira aponta que uma das soluções neste aumento das tarifas, mas que não seja tão impactante no bolso da população seria uma cobrança de valores diferenciada para quem paga a passagem em dinheiro e no cartão do transporte coletivo.
“Nós encontramos um meio termo para que o aumento fosse menor para quem usa o cartão e um maior para quem usa em dinheiro”, aponta o secretário que esta decisão foi realizada de maneira colegiada. A expectativa do aumento das tarifas do transporte coletivo será realizada no mês de abril. Atualmente a passagem de ônibus em Sete Lagoas está em R$ 3,80
Da redação