Após a publicação feita no dia 21 de setembro pelo Jornal O Tempo, sobre a ação de flanelinhas e lavadores de carro no centro da cidade, a prefeitura emitiu um parecer explicando a real situação do local.
Segundo relatado pelo jornal, os flanelinhas apresentam comportamento agressivo ao abordar os donos de carros e em alguns casos estariam amedrontado a população do entorno. Além disso, segundo o jornal, os moradores denunciam que muitos fazem uso constante de crack, a qualquer hora do dia, fato que estaria intimidando os moradores.
De acordo com o parecer emitido pela prefeitura da cidade, diferente do publicado pelo jornal a cidade tem políticas públicas voltadas aos usuários de drogas. Ainda de acordo com o informado pela prefeitura, a situação citada pelo jornal é infundada, tendo em vista que há 27 câmeras do sistema de monitoramento eletrônico Olho Vivo para auxiliam a atuação policial 24 horas por dia.
Por último, o parecer do município anunciou que a partir do mês de outubro será feita uma força-tarefa reunindo as secretarias de Assistência Social, de Meio Ambiente e de Obras e a Guarda Municipal, com envolvimento da comunidade por meio dos conselhos municipais de Assistência Social e de Defesa Social para combater o problema das drogas.
Leia o parecer na íntegra:
MÁRIO MÁRCIO CAMPOLINA PAIVA
PREFEITO DE SETE LAGOAS
A dependência química é um problema social que afeta as cidades brasileiras e, em especial, as localizadas nas regiões metropolitanas. Em Sete Lagoas, não é diferente. Localizada a 70 quilômetros de Belo Horizonte, a cidade também enfrenta a presença do crack e de outras drogas. No entanto, contrariamente ao informado por O TEMPO, em 21 do mês corrente, o município constrói, sim, um trabalho de assistência social e não está desatento e inerte à questão.
A prefeitura consolida um plano de ações que apresenta resultados de médio e longo prazo, articulando a tríade prevenção, combate e reinserção. O governo municipal entende que somente repreender os usuários não é a solução mais apropriada, a qual vem através de ações intersetoriais, integrando assistência social, saúde e segurança nos espaços urbanos.
Em Sete Lagoas, um novo caminho é oferecido aos dependentes químicos através da abordagem diária realizada por assistentes sociais, que oferecem alimentação, higienização e estada. O tratamento do usuário de droga também é realizado por meio de encaminhamento à comunidade terapêutica de recuperação ou grupo de autoajuda.
Com respeito às decisões e escolhas individuais, a administração municipal dá a oportunidade de retorno aos estudos, possibilitando o aumento da escolaridade, assim como a qualificação profissional e o direcionamento ao mercado de trabalho. Tais medidas são trabalhadas, em paralelo, com a reinserção familiar desses sujeitos, visando assegurar os resultados conquistados.
Cabe ressaltar que, nas áreas com vulnerabilidade e risco social, quatro centros de Referência da Assistência Social acompanham as famílias, apresentando os rumos para uma vida melhor e mais digna.
Dentro dessa visão integrada de enfrentamento, a segurança pública recebe atenção especial, com o trabalho ostensivo das polícias Militar e Civil para evitar o aumento da criminalidade decorrente do uso de drogas, e, em especial, do crack. A força policial ainda procura destituir quadrilhas de traficantes e retirar os entorpecentes de circulação. Especificamente na região central da cidade, 27 câmeras do sistema de monitoramento eletrônico Olho Vivo auxiliam a atuação policial 24 horas por dia.
Para trazer mais celeridade ao trabalho de enfrentamento do crack e outras drogas, uma força-tarefa será montada a partir de outubro, reunindo as secretarias de Assistência Social, de Meio Ambiente e de Obras e a Guarda Municipal, com envolvimento da comunidade por meio dos conselhos municipais de Assistência Social e de Defesa Social.
Desse modo, mais do que uma questão localizada de polícia, o trabalho da Prefeitura de Sete Lagoas é focado em estabelecer políticas públicas de enfrentamento que consolidem uma agenda efetiva, pensando as drogas em todas as esferas, a partir da noção de problema social.
da redação com informações do Jornal O Tempo e Secom/Prefeitura de Sete Lagoas