A rodovia MG-424, que liga os municípios de Sete Lagoas, na região Central, e Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), enfim foi concedida à iniciativa privada. O trecho será administrado pelos próximos 30 anos pelo consórcio Previcon, que arrematou o leilão por R$ 406,1 milhões. Os valores atualizados chegam a R$ 591 milhões e a expectativa é que a empresa comece a fazer obras de melhorias na estrada a partir do próximo mês.
As informações são do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato. Segundo ele, o contrato será assinado nas próximas semanas. “O consórcio vai administrar a rodovia por 30 anos e, neste período, vai fazer melhorias, como duplicações, implantação de terceiras faixas, contornos, etc. Como a proposta foi elaborada com base no antigo escopo do projeto, eventuais alterações serão analisadas e, se incorporadas, impactarão em reajustes no contrato”, explica.
É que a licitação da rodovia chegou a ser lançada pela administração estadual anterior, em 2018, mas foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Retomado pela atual gestão, envolveu maior diálogo com empresários e prefeituras, que apresentaram demandas relativas à concessão. Uma delas, inclusive, quanto à localização da praça de pedágio.
O projeto como um todo prevê quase 13 quilômetros de duplicação, dez de acostamento, 30 de faixas adicionais e 3,9 de vias marginais. Outros 18,5 quilômetros seriam do contorno de Prudente de Morais e Matozinhos.
Assinado contrato da Rodoviária de Belo Horizonte
Outra concessão oficializada nesta semana foi a do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip), a Rodoviária de Belo Horizonte. O Governo de Minas Gerais e o Consórcio Terminais BH assinaram, na sexta-feira (15), o contrato de R$ 20 milhões. Formado pelas empresas mineiras Conata Engenharia Ltda, Infracon Engenharia e Comércio Ltda e Riera Empreendimentos e Administração Ltda, o consórcio assume a gestão dos ativos por 30 anos. Estão previstos investimentos da ordem de R$ 116 milhões em infraestrutura de mobilidade.
Segundo Marcato, dentro de no máximo 25 dias as primeiras melhorias deverão ser iniciadas. “Redes de wi-fi e adequações nos banheiros deverão ser as primeiras delas”, afirma. É que o contrato prevê que nos seis primeiros meses os esforços e investimentos deverão ser concentrados em reparos e melhorias de sanitários, fraldários e nas sinalizações.
Ainda de acordo com o contrato, o consórcio vencedor terá um prazo de 48 meses para fazer obras mais robustas na Rodoviária de Belo Horizonte. Essas execuções preveem, por exemplo, a recuperação do pavimento do prédio e melhorias na infraestrutura de drenagem. Conforme publicado, está previsto um prazo mais curto, de 12 meses, para realização de obras de recuperação de vigas e calhas no telhado do Tergip.
O novo operador também ficará responsável pela operação e manutenção dos cinco terminais de transporte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) utilizados como pontos finais e 17 estações do Sistema Move Metropolitano pelos mesmos 30 anos.
Da Redação com Diario do Comércio