Em primeira aparição após assumir a titularidade da Delegacia Regional de Sete Lagoas, o Passando a Limpo entrevistou Alexandre Viana Corrêa nesta sexta-feira (2).
Reflexo da capital em Sete Lagoas
Para Alexandre Viana, a criminalidade de Sete Lagoas é um reflexo do que acontece em Belo Horizonte e região metropolitana, graças a sua proximidade: “Somos uma cidade do interior que sofre com as mazelas de uma região metropolitana”, conta.
Ainda para o novo delegado regional, o foco da gestão neste momento será o combate a violência doméstica, que aumentou significativamente durante o período de pandemia de Covid-19. “E, obviamente, contra o tráfico de drogas – já que temos essa proximidade da capital. Nós temos o reflexo do comércio e do desacerto entre quadrilhas: ações que terminam com homicídios têm a ver com esse crime”, complementa.
“Nós temos uma cidade segura”
Indagado pelos entrevistadores do programa, Alexandre Viana relata que os momentos mais reclusos da pandemia fizeram, naturalmente, que a criminalidade geral houvesse queda, mas que com o retorno, o aumento não é clamoroso.
Tecnologia para combate ao crime
Com os novos tempos, também novos golpes foram surgindo, principalmente na seara digital – e a Delegacia Regional de Sete Lagoas está equipada para o combate a este tipo de criminalidade. “A Polícia trabalha com laboratórios cibernéticos, de lavagem de dinheiro, dentre outras tecnologias”, comenta o delegado regional – com o reforço dos centros estaduais de investigação, caso faça necessário.
“A bandidagem está sempre atenta a possiblidade de dar golpes e a Polícia trabalha de maneira reativa, já que é difícil prever o que os bandidos estão fazendo”.
Estrutura da Polícia Civil de Sete Lagoas
Com reforma do espaço já definida e em licitação, a Delegacia Regional de Sete Lagoas passará por mudanças: “Já existe a verba para isso; novos espaços serão criados além de reformas estruturais e isso vai melhorar a prestação do serviço”, afirma Alexandre, que ainda aponta o projeto da nova sede da Polícia Civil da cidade, ainda a ser feito nos próximos anos.
O déficit de pessoal é um dos grandes gargalos, causando o acúmulo de funções (e até de delegacias para chefiar). “Isso não é uma questão estadual, é um fenômeno nacional”, comenta o delegado regional, citando que a dificuldade financeira dos Estados afeta o investimento nas políticas de segurança.
“Nós tentamos também de captação de recursos, como Termos de Ajustamento de Condutas (TACs) na Justiça, com verbas de deputados, porque nós sabemos que o cobertor do Estado é curto”.