Nesta sexta-feira o programa Passando a Limpo recebeu o diretor da Seltur Sete Lagoas Turismo, Lazer e Cultura SA, Nuno Valace. O tema abordado foi a situação atual da Seltur e o novo Plano de Nogócios e Estratégias do Parque da Cascata localizado na Serra de Santa Helena.
O diretor inicialmente explicou que a Seltur é uma empresa privada de capital misto em que Município de Sete Lagoas é o acionista majoritário. As finalidades de atuação da empresa são promover atividades de turismo, cultura e lazer.
Desde 2013 a SELTUR encontra-se em status de liquidação. Nessa época optou-se por extinguir a empresa, processo que ainda não foi concluído. Lembrou ainda que liquidação é diferente de falência. A liquidação ocorre quando se decide pelo encerramento das atividades de uma empresa, partilhando eventuais saldos e valores entre seus sócios.
Porém o processo encontra-se sem solução definitiva desde então, pois as dívidas trabalhistas, tributárias e com o INSS da Seltur que vieram se acumulando ao longo do tempo ocasionaram uma série de dificuldades para que houvesse tal conclusão.
Dessa forma, à partir de 2020 o diretor Nuno Valace foi incumbido pelo prefeito Duílio de Castro de buscar soluções para os entraves.
Buscando as mais recentes e inovadoras práticas do mercado, uma solução encontrada foi promover a concessão do Parque da Cascata. Isso faria com que o Parque fosse administrado por uma empresa privada, mas sempre prezando pelo interesse público que seria garantido através de fiscalização da Seltur.
O Plano de Negócios elaborado pela Esfera Consultoria e apresentado ontem ao público mostra que a concessão do Parque daria condições financeiras inclusive para a Seltur retomar suas atividades. No entanto a extinção do atual processo de liquidação dependeria de uma nova iniciativa político-administrativa e consequente submissão à Câmara Municipal para que fosse aprovada.
Uma pergunta bastante ouvida pelo diretor é: “Se o Parque está fechado, por que simplesmente não abrem novamente?”. Para responder ele sempre lembra que isso já foi feito várias vezes, mas de maneiras que não levaram à continuidade do projeto.
Ele destaca que o Parque da Cascata é tido como a “joia da coroa” no turismo setelagoano. Seria possível a Seltur estabelecer uma série de atividades turísticas que propiciem visita integrada em todos os pontos de interesse na cidade – incluindo as lagoas e a Gruta Rei do Mato, por exemplo – com uma finalização no Parque. E dessa forma explorando-se ali o potencial paisagístico, a vista da cidade, espaços disponíveis para alimentação, hospedagem e turismo ecológico, de aventura e educativo.
Nuno tem confiança de que este projeto dará certo porque a construção do mesmo foi bastante amplo, o que o diferencia das outras tentativas. Representantes de várias entidades e setores públicos envolvidos com a Serra e também representantes do organizações privadas foram ouvidos para que dessem sugestões do que é o melhor para o local.
Outro ponto importantíssimo levantado durante a montagem do Plano foi a necessidade de que a futura empresa ganhadora da concessão entenda as características da cidade para que o funcionamento do Parque atraia interesse sobretudo da população setelagoana. E esta terminaria por ser a principal “garota propaganda” dos nossos atrativos para visitantes de otros lugares.
Veja a entrevista na íntegra: