Na manhã desta sexta-feira (18) foi realizada no gabinete do vice-prefeito de Sete Lagoas Euro de Andrade uma coletiva de imprensa para atualizar a situação do edital de conclusão das obras do Hospital Regional de Sete Lagoas.
Estiveram presentes na coletiva o Secretário de Estado da Saúde Fábio Baccheretti, Prefeito de Sete Lagoas Duílio de Castro e o Secretário Municipal da Saúde Dr. Marcelo Fernandes.
Antes mesmo da entrevista as autoridades se reuniram com outros representantes estaduais e municipais para definir os serviços que serão prestados no Hospital frente às maiores necessidades da região e planejar para o primeiro semestre de 2023 a compra de equipamentos médicos a serem usados no local. Os próximos passos serão o início das obras, a concessão do Hospital e sua abertura definitiva.
De acordo com o DER-MG (Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais) e seguindo cronograma previsto na licitação, a classificação das empresas participantes na licitação já foi definida com o 1º lugar para o Consórcio GUIMARÃES HRSL, composto pelas sociedades empresariais Construtora GUIA Ltda e RG Empreendimentos e Engenharia EIRELI. Em 2º lugar ficou a EF Construtora Ltda e em 3º a PORTO BELO Engenharia e Comércio Ltda. A classificada em 1º lugar tem até hoje (18) às 17:00h para protocolar seu envelope de documentos de habilitação junto ao DER-MG, sendo que o mesmo será aberto em reunião no próximo dia 21 às 15:30h para conferência.
Sendo habilitado o vencedor na semana que vem, Fábio Baccheretti adiantou que a expectativa é de retomada das obras em fevereiro de 2023. Ele também disse que a situação do terreno do Hospital já foi resolvida com a devolução do mesmo para o Estado.
Fábio Baccheretti revelou que o Hospital contará com “226 leitos, 40 leitos de CTI, 9 salas de blocos cirúrgicos, 176 leitos clínicos e uma estrutura de imagem moderna, estamos discutindo aqui se vai ter ressonância, todos os equipamentos novinhos. Então vai ser um hospital certamente o mais moderno e robusto de toda a região”, disse.
Perguntado sobre como o Hospital será custeado, o secretário estadual de saúde disse que o Estado contribuirá com um incentivo de partida por 3 anos e depois disso ele será trazido para a política estadual já existente, participando da distribuição de recursos estaduais, municipais e contando com a busca pelo aumento dos recursos vindos da União.
O Hospital Regional poderá abrigar também atividades no regime “hospital-escola”, pois instituições de ensino médico da região poderão fazer parcerias com a vencedora pela gestão hospitalar.
Fábio Baccheretti afastou por completo os riscos de uma nova paralisação das obras, já que os recursos financeiros estão garantidos em conta, o processo licitatório vem evolunido normalmente e a reunião feita hoje na qual não se tratou simplesmente de retomar obras, mas de planejamento já visando o funcionamento do Hospital. Ele disse ainda que a prestação de contas dos contratos anteriores está sendo feita, assim como a do contrato atual será devidamente realizada.
Duílio de Castro, prefeito de Sete Lagoas, ressaltou que o Hospital Regional não vem para competir com outros serviços de saúde da cidade, e sim para complementar toda a rede da região. O prefeito disse que o Hospital Municipal, assim que transferida toda sua estrutura de atendimento para o Regional, tem projeto para se tornar um centro de referência para serviços de saúde da mulher. Nesse mesmo sentido, Duílio destacou que o Hospital Nossa Senhora das Graças continuará sendo importante em Sete Lagoas até porque ele é referência em algumas especialidades médicas.
O edital da licitação prevê uma Fase I de Elaboração de Projetos com duração de de 360 dias consecutivos contados a partir da assinatura da 1ª ordem de serviços. Em seguida, uma Fase II de Execução das Obras, durando 720 dias corridos após assinatura da 2ª ordem de serviços.
Perguntado pela reportagem do SeteLagoas.com.br se durante a Fase I será preciso fazer muitas mudanças no projeto original, Fábio Baccheretti disse que ocorrerão mudanças pontuais e que a duração de 360 dias nessa Fase pode até mesmo ser encurtada.
Para a Fase II, nossa reportagem perguntou ao secretário se o estado de conservação das estruturas permite avançar para a conclusão das obras, ou se serão necessárias reformas. O secretário estadual então respondeu que a própria Fase I será importantíssima para, em conjunto com a avaliação prévia feita pelo DER-MG, evidenciar na prática o que será preciso recuperar naquilo que já está construído.
Abordando a alta recente nos casos de Covid-19, Fábio Baccheretti descreveu que o Estado está preparado para atender os casos que vêm surgindo, mas que já pensa um pouco mais a frente. Ele disse que o Estado tem condições de planejar o sistema de atendimento para janeiro e fevereiro, justamente pensando em como estar preparado numa eventual subida de casos até lá. O secretário reforçou a importância de não descuidar das medidas preventivas como uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações além de destacar a importância que as vacinas trouxeram ao permitir que a gravidade dos casos não se compare aos primeiros períodos da pandemia.
Tratando de outras doenças como poliomielite, Fábio Baccheretti mencionou que Minas Gerais já alcançou 85% da meta vacinal e de que até o fim do ano irá alcançar os 95%. Para o tratamento de sífilis e casos de influenza, o secretário também apontou que Minas está preparada para a demanda e vem trabalhando ativamente também nas campanhas de prevenção a essas doenças.
Da Redação, por Vinícius Oliveira.