Ampliar e democratizar o acesso à cultura. Com esse pensamento, a Orquestra Jovem de Sete Lagoas fez no último sábado, dia 18 de março, a seleção para novos alunos. Mas desta vez, os candidatos são residentes dos bairros próximos à região das Indústrias, como CDI I, CDI II, bairro Brasília e adjacências. O novo polo do projeto será sediado no Salão Paroquial Cristo Redentor e oferecerá aulas de flauta.
Instalar esse novo polo da Orquestra Jovem fora da região central da cidade sempre foi um sonho do Maestro Ivison Maximo, idealizador do projeto na cidade. “Queremos fazer vários desses polos em vários pontos da cidade. E agora, com esse novo momento, tivemos essa oportunidade de começar a ampliar nosso atendimento”, garante o Maestro, que começou o projeto em 2010. Segundo ele, tudo começou com uma conversa com o Monsenhor Wilson Rodrigues da Silva, atualmente Pároco na Cristo Redentor. “Ele nos fez o convite e começamos a trabalhar para fazer esse novo polo. Agora vai ser uma realidade”, afirma Ivison.
Para o Monsenhor Wilson, abrir essa turma é uma oportunidade para as crianças e jovens terem uma oportunidade de ampliar seus mundos através da música. “Nós bem sabemos dos frutos que a Orquestra Jovem já produziu ao longo desses anos na vida de tantos jovens e inclusive hoje adultos que passaram por esse projeto”, observou o Monsenhor antes da seleção.
Transformação pela música – Com este novo polo na região das Indústrias, a Orquestra Jovem de Sete Lagoas vai chegar a cerca de 170 alunos e alunas, crianças e jovens, que vão desde os 7 aos 17 anos. Para Edite Aparecida Amorin, mãe de João Marcelo Amorin, de 12 anos, hoje a juventude cresce em meio à muita coisa negativa e participar do projeto é uma oportunidade de crescimento. “No projeto eles podem aprender de forma lúdica e divertida coisas como disciplina, compromisso. E é uma chance do João Marcelo iniciar uma carreira de músico”, avalia.
Para Cassandra das Graças, também de 12 anos, entrar para o projeto é dar continuidade nos estudos na música, uma vez que a jovem já fez aulas de violão no PLEC. “As aulas de música ajudam muito no aprendizado dela. Ela é muito dedicada e participar desse projeto vai ser uma ótima oportunidade”, avalia Dayanna Gomes Leandro, mãe de Cassandra. Da mesma forma, David Junio Rocha Belino, de 8 anos, já tem um contato mais estreito com a música através de aulas de percussão. Para sua mãe, Ana Claudia Belino, as aulas na Orquestra Jovem vão ajudar no aprimoramento musical do filho. “A música ajuda muito no desenvolvimento dele. É um menino inquieto e a música ajuda ele a ser mais focado”, explica a mãe.
Márcia Araújo Pereira acompanha a Orquestra Jovem há muito tempo. “Já fui em inúmeras apresentações e me apaixonei com o projeto. Eu sei a importância da música para a formação de uma criança, o tanto que pode fazer diferença e levar bons princípios aos alunos”, observa. Assim que viu as inscrições abertas para o polo na região, ela não pensou duas vezes. “Me inscrevi na hora. Eu sei o tanto que isso vai contribuir para a formação do meu filho”, garante a mãe Arthur Fernandes de Araújo, de 9 anos.
Em 2023 a Orquestra Jovem completa 13 anos de vida. Desde o ano passado vive uma nova fase. O projeto é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) através da empresa Multitécnica e pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura com patrocínio da CEMIG. “Temos ao nosso lado duas importantes empresas que reconhecem o valor da cultura na vida das pessoas”, comenta Marcos Aurélio dos Santos, presidente da Associação Cultural das Orquestras – ORQUESTR’ARTE, mantenedora da Orquestra Jovem de Sete Lagoas.
Com Orquestra Jovem de Sete Lagoas