O Programa Passando a Limpo, realizado em parceria da Rádio Eldorado com o SeteLagoas.com.br, recebeu nessa sexta (24) o presidente do SAAE (Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Saneamento Urbano) de Sete Lagoas, Robson Machado. A entrevista abordou questões técnicas e administrativas que envolvem a captação e distribuição de água no município.
Robson inicia explicando que um grande problema enfrentado pelo SAAE nos últimos anos tem sido a falta d’água relacionada à deficiências na reservação. Uma das formas de solucionar isso foi a construção de um reservatório de 10 milhões de litros no Morro do São João e a ideia é construir outro de mesmo volume. Robson pontua que, desde o início de sua gestão à frente do SAAE iniciada em 2019, a capacidade de reservação já foi ampliada em 40%.
Ele fala também da ampliação da ETA do Rio das Velhas, na qual a vazão captada está atualmente em 340 L/s e pretende-se aumentar para 400-420 L/s. Robson afirma que hoje a cidade é abastecida 50% pela água que vem dos poços tubulares e outros 50% pelo Rio das Velhas.
Robson explica que toda grande intervenção em vias públicas é alinhada pela Secretaria de Obras com antecedência para que o SAAE também se programe para substituir redes de esgoto e de abastecimento antigas. No início de sua gestão havia um registro com 2500 valas abertas pela cidade que não estavam tampadas após a manutenção do SAAE. Hoje esse registro foi zerado, mas Robson reconhece que pode existir alguma intervenção que não estava registrada. Para corrigir isso, ele pede à população que sempre contacte o telefone 115.
O presidente revelou com exclusividade ao programa um projeto futuro de instalar abrandadores para retirada de calcário em excesso na água inicialmente nos bairros Eldorado e Santa Luzia, intervenção que exigirá alto investimento na instalação e futuras manutenções.
Também revelou que o SAAE pretende inaugurar a Estação de Tratamento de Esgoto ainda esse ano, com 100% das obras concluídas e no início com 60% da capacidade de operação. A inauguração sendo feita, a autarquia poderá solucionar problemas pontuais de lançamento de esgoto fora da rede de coleta.
Robson Machado esclarece ainda o mito de que a água setelagoana não pode ser consumida. Segundo o diretor, ela atende a todos os padrões de potabilidade mas devido à sua dureza natural (presença de calcário na água), de fato tem um gosto característico que pode não agradar as pessoas.
Reveja o programa na íntegra:
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