Na manhã deste sábado (12/08) um lobo-guará foi avistado no alto da Serra de Santa Helena, em Sete Lagoas. O ciclista Tiago Braga localizou o animal em meio à vegetação enquanto se exercitava no local e compartilhou as imagens nas redes sociais. O lobo-guará é um animal típico do cerrado sulamericano, geralmente solitário e também sofre com a degradação desse importante bioma. Conheça mais sobre a espécie a seguir.
O lobo-guará (nome científico Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo da América do Sul e, segundo a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pesa cerca de 30 Kg e atinge até 1,6m. Ele “possui características pernas compridas e orelhas longas que lhe conferem um aspecto “desengonçado”. De pelagem marrom-avermelhada com extremidades, focinhos e patas, pretas. Alimenta-se principalmente de pequenos animais (insetos, roedores e aves) e frutos silvestres, é um importante dispersor de sementes. Solitários, não formam grupos como outras espécies de canídeos. De comportamento esquivo iniciam suas atividades ao pôr-do-sol entrando noite adentro”.
Por ser um animal de hábitos predominantemente noturnos, o avistamento de Tiago Braga na manhã deste sábado o torna ainda mais especial. A WWF-Brasil descreve também que, apesar da “alcunha de ‘lobo’, é tímido, solitário e praticamente inofensivo, preferindo manter distância de populações humanas”.
Seu habitat típico são as áreas abertas como no Cerrado e Pampa e também pode ser encontrado em países como Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.
A WWF-Brasil alerta sobre impactos que essa espécie sofre com as alterações no seu habitat: “costuma cruzar estradas onde muitas vezes é atropelado. A ampla fragmentação dos remanescentes de Cerrado faz com que animais tenham que deixar refúgios de matas para se alimentar e reproduzir, tornando-se vítimas de automóveis e caçadores, por exemplo”.
{module[1313]}
Da Redação, Vinícius Oliveira