Durante o mês de agosto, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) realizou oficinas para que a população possa participar da construção do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Minas Gerais (PDITS/MG), também denominado Plano Turismo Verde. A região da Instância de Governança Regional (IGR) Grutas foi ouvida na última quarta-feira (30), em Caetanópolis, com participação gestores municipais, conselhos de turismo, cadeia produtiva, associações e artistas da região.
O PDITS irá estabelecer bases para condução da política pública de turismo de Minas Gerais para o período de 2024-2031. De acordo com a Secult/MG, a construção do Plano Turismo Verde é técnico-participativa e por isso uma das etapas mais importantes é a realização das oficinas para participação popular em cada uma das mesorregiões do estado e em quatro municípios atingidos pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, totalizando 15 oficinas.
“Foi muito importante realizar essa oficina no território da IGR Grutas, no município de Caetanópolis, em parceria com Paraopeba e Fortuna de Minas, três cidades atingidas pelo desastre do rompimento da barragem e que deixaram de ser abastecidas pelo Rio Paraopeba, em virtude da sua contaminação. Então, repensar a atividade turística, inclusive nestes locais atingidos, é muito importante entender de que maneira essa atividade econômica pode trazer de volta a empregabilidade e renda dessa pessoas atingidas”, relata a gestora da IGR Grutas, Mariela França.
O consultor Mauro Coutinho, que ministrou a oficina, explicou que o PDITS será construído em cinco etapas que iniciaram em junho e que tem a previsão de durar oito meses até a apresentação final do plano. As oficinas territoriais são a segunda fase deste processo que iniciou com um planejamento participativo. “A oficina em Caetanópolis foi super produtiva, a gente teve uma participação muito boa de setores públicos de diversos municípios, setor privado e sociedade civil organizada, que é o que forma uma boa governança e um bom espaço de construção coletiva. Tivemos uma construção bastante diversa, conseguimos consolidar essa construção das propostas para mitigar os problemas ou as dificuldades que acabam por ventura atrapalhando o desenvolvimento turístico de Minas Gerais e também não só focar nos problemas, mas também nas ações que podem potencializar aquelas riquezas e as diferenciais do Estado e da nossa região para poder promover também a atividade turística”, analisa o consultor.
“A Casa de Cultura Clara Nunes recebeu 54 pessoas e agrupar todas essas pessoas para que o pensamento se volte para a atividade turística na nossa região e de que maneira o turismo em Minas Gerais pode trazer desenvolvimento econômico e geração de renda é muito importante. Tenho certeza que todos saíram da oficina com um olhar mais positivo em relação ao turismo, com a sensação de construção coletiva e é seguimos na expectativa de ter colaborado de forma significativa para que este documento, que se trata de uma política pública, possa efetivamente melhorar a visibilidade de Minas Gerais, possa ampliar a visão dos municípios com relação à forma empreendedora e inovadora de trazer a nossa cultura, a nossa tradição, o nosso meio ambiente, então o balanço foi muito positivo”, completa a gestora da IGR Grutas, Mariela França.
Da Redação com Circuito das Grutas