Há quase uma década, os moradores da Avenida Josiane Aparecida Carvalho da Silva, também conhecida como “Avenida Capelinha”, e da Rua Itaúna, no bairro Padre Teodoro, sofrem com a degradação do asfalto e com a péssima condição de acesso. A população do bairro conta que, no ano de 2001, a prefeitura colocou asfalto nas vias, mas que com a primeira chuva a estrutura começou a ceder e hoje, as duas ruas estão totalmente esburacadas e sem possibilidade de trânsito.
Morador da Rua Itaúna há mais de 21 anos, o serralheiro José dos Reis Soares conta que devido a rua estar sem condições para passagem dos carros, seu veículo tem que dormir fora de casa. Além disso, José relata que seus clientes também sofrem com o difícil a acesso a sua serralheria. “É complicado, a gente tem garagem, mas não usa porque os carros não passam pela rua. Os meus canos de água que passam pela rua estão expostos, eu para proteger-los vou lá e coloco entulho, mato e até lixo”, afirma.
A dona de casa Agda Ribeiro, que há mais de duas décadas mora no local, conta que o uso de entulho para minimizar os problemas da rua já virou uma rotina em sua família. Sua sobrinha, proprietária de um salão de beleza no local, chegou a comprar seis sacos de cimentos para tentar amenizar as irregularidades da rua. “A gente não consegue mais andar por aqui e não é só a gente. Os lixeiros e até o Samu não conseguem atender a população”, desabafa.
Com as mesmas dificuldades, a também dona de casa Dilce dos Reis relata que sente diariamente os problemas das duas vias. Moradora da Rua Itaúna, ela passa diariamente pela Avenida Capelinha para levar os dois filhos para a escola. “Aqui não pode deixar as crianças brincarem na rua, porque nem asfalto tem. È muito humilhante a gente pagar todos os impostos e não poder receber ninguém em casa porque as pessoas não conseguem chegar aqui”, relata.
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Sete Lagoas, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil se dirige ao local neste momento para tomar medidas preventivas e notificar os órgãos responsáveis. O órgão pede que em casos de riscos, os moradores entrem imediatamente em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 para que eles possam acionar as secretarias responsáveis.
Cintia Rezende