O Passando a Limpo recebeu nessa sexta (22/09) a médica veterinária Patrícia Silveira. Com um vasto currículo de realizações na área da medicina veterinária, ela compartilhou conhecimentos sobre a vacinação antirrábica e cuidados com a leishmaniose.
Patrícia Silveira atua como coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses de Sete Lagoas e falou sobre os trabalhos desenvolvidos no local. Um dos que mais atraem atenção do público é a política de resgate dos pets. Ele explica que o órgão segue uma lista de critérios e prioridades para receber esses animais como mães com filhotes, animais doentes, machucados.
Ao abordar as adoções, Patrícia diz que os filhotes são os mais procurados por tutores. Na última feira de adoção promovida pelo CCZ 10 animais foram, escolhidos sendo 8 filhotes e apenas 2 adultos.
Outro ponto da entrevista foi o mutirão de vacinação contra a Raiva. A Prefeitura disponibilizará 50 postos de vacinação no próximo dia 23 de setembro, sábado, de 08h às 16h (confira lista dos locais). Além disso, na próxima semana, a vacinação segue de 25 a 29 de setembro, no Terminal Urbano, no mesmo horário.
Para cães e gatos duas vacinas são obrigatórias e anuais de acordo com a especialista: a antirrábica (oferecida gratuitamente pelo poder público) e a múltipla contra viroses aplicada por meios particulares.
A Raiva pode acometer qualquer mamífero e é letal. Casos de cura em humanos são raríssimos. O primeiro sintoma tanto em animais quanto em humanos é a salivação intensa, seguido de alterações no humor e crises convulsivas.
Em Sete Lagoas Patrícia conta que nos últimos 20 anos não houve casos em gatos, cães e humanos. Mas foram diagnosticados aproximadamente 6 casos em morcegos, sendo o mais recente esse ano no Bairro Canaã, rua Santos Dumont. Após o animal ter sido encontrado no chão, ele foi examinado e teve a doença identificada. O procedimento foi efetuar uma campanha de vacinação num raio de 200 metros ao redor do ponto em que ele estava.
Caso a pessoa seja vítima de lambidas, arranhões ou mordidas por um animal com suspeita de infecção pela doença, primeiro deve-se lavar o local da ferida com água e sabão abundantes durante os primeiros minutos após o acidente e na sequência procurar atendimento médico imediato (Hospital Municipal de Sete Lagoas, por exemplo). O paciente será orientado quanto às vacinas ou soro a depender do estado do animal com que ele teve contato.
Patrícia falou também sobre a leishmaniose. O município foi contemplado com um projeto do Ministério da Saúde de encoleiramento e vai receber 7 mil coleiras para distribuir em animais nos bairros com maior incidência da doença. Essas coleiras repelem o mosquito transmissor e ajudam na não propagação dos protozoários causadores da enfermidade.
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