Um empresário admitiu à Polícia Militar ter ordenado a demolição de quatro casas no distrito de Angueretá, em Curvelo, na região central de Minas Gerais, acreditando erroneamente que o terreno lhe pertencia. O incidente ocorreu na quarta-feira, dia 11, deixando uma família desabrigada.
A Prefeitura de Curvelo, no entanto, negou qualquer envolvimento na demolição e ofereceu apoio à família do senhor Valdevir Gomes da Silva, de 73 anos, que teve de evacuar rapidamente sua casa quando máquinas chegaram inesperadamente. O prefeito, Luiz Paulo, afirmou que não havia ordens executivas ou judiciais para a demolição das construções no terreno.
Luiz Paulo declarou: “Encontramos a polícia para investigar, e quem quer que tenha feito isso deve ser punido, pois é um ato desumano. Quando temos uma ordem para fazer isso, já é doloroso, mas quando alguém simplesmente aparece e derruba a casa de uma família, é muito pior. Conversei com a procuradora, que não estava ciente de nada, e a Justiça não nos notificou. Nenhuma máquina ou funcionário da prefeitura esteve no local. Não há chance de ser uma ação legal, da justiça ou da prefeitura.”
A Polícia Militar conseguiu identificar o responsável pela demolição e fez contato por telefone com o empresário, que é proprietário da empresa Altivo Marmoraria em Papagaios, também na região central de Minas Gerais. O empresário admitiu por telefone que ordenou a demolição das construções, alegando que acreditava ser o dono do terreno, mas afirmou que não podia comparecer à delegacia por não estar na região.
Segundo informações da Prefeitura de Curvelo e de fontes anônimas, o empresário vinha investigando os terrenos da área nos últimos meses.
O prefeito de Curvelo, Luiz Paulo, lembrou que conheceu o empresário há cerca de um mês, quando este o procurou. “Ele veio até a prefeitura há trinta dias, dizendo que queria ajudar Angueretá, que era um empresário bem-sucedido e que estava se mudando para a área para contribuir com a comunidade. Naquela época, acreditei nele”, relatou o prefeito.
Fontes anônimas também revelaram que o empresário havia procurado a polícia durante o mesmo período, perguntando sobre o número de viaturas que patrulhavam o distrito de Angueretá e questionando os militares sobre o tempo de resposta após um chamado.
O caso será encaminhado à delegacia da Polícia Civil, que abrirá uma investigação. Até o fechamento deste relato, a empresa Altivo Marmoraria não havia emitido um posicionamento oficial sobre o incidente.
Da redação com informações da Itatiaia