De acordo com a mãe de Vinicius, Rosilane Aparecida Gonçalves, ela havia feito o cadastro escolar no ano passado, porém ao comparecer a escola CMEI Irmã Flávia, descobriu que seu filho poderá ficar sem estudar até pelo menos o meio do ano; tudo devido a falta de vagas. “Eu vi o nome dele na lista, mas me informaram que não há vagas. Eles me disseram ainda que somente a partir de fevereiro eles poderão afirmar se haverá ou não possibilidade dele estudar. Eu fico preocupada pois ele tem que estudar e eu preciso trabalhar”, afirma.
Ainda de acordo com Rosilane, a falta de vagas nas escolas acontece porque alguns pais matriculam seus filhos em escolas de outros bairros. “Tem gente que leva a documentação “falsa” do bairro e consegue matricular seu filho naturalmente”, informa.
Célia Batista dos Santos, secretaria da escola informa que o fato pode sim acontecer, mas que o centro educacional não tem conhecimento e não admite que sejam matriculados alunos de outros locais. “Alguns pais podem até apresentar documentação falsa, mas a gente não tem conhecimento disso e não tem como provar isso. O que acontece hoje é que o sistema está inchado e não tem vaga para todo mundo. A gente até sabe que será construída uma nova escola no bairro, mas até lá não tem como aceitar todos os alunos cadastrados”, explica.

Por meio de sua assessoria de comunicação, a secretaria de Educação da cidade informou que as pessoas que fizeram o cadastro não têm, necessariamente, vaga garantida nas escolas. O cadastro escolar é feito para que as escolas avaliem a quantidade disponível e a procura pelas vagas.
Ainda de acordo com o informado, quanto a conseguir matricular a criança, a Secretaria disse estar enfrentando um sério problema, que é o fato das famílias, na grande maioria das vezes, quererem que os filhos estudem no centro da cidade ou em escolas que não se localizam nas proximidades de suas residências.
Segundo o órgão, com isso, sobram vagas em algumas escolas e faltam em outras. A secretaria de Educação sugeriu ainda, que Rosilane matriculasse Vinícius em uma escola fora do bairro, porém, ela afirmou que os gastos e o tempo que gastaria para levar e buscar o filho seria inviável.