Assim como em breve o Mirante do Boa Vista será revitalizado para receber a futura sede do programa Mexa-se, entre outras atividades artísticas e esportivas, em parceria com a iniciativa privada, a Ilha do Milito também passará a ter um caráter multicultural. Quem afirma é o secretário municipal de Cultura, Esportes e Turismo, Marcelo Cooperseltta. Para isso, um grupo com algumas das mais brilhantes arquitetas de Sete Lagoas foi criado: o grupo “A Ilha é Nossa”, dando a conotação de que o espaço deve pertencer a todos e não apenas a um concessionário.
A ideia inicial é transformar a ilha em um espaço que possa receber sete-lagoanos e turistas, oferecendo exposições permanentes e itinerantes, uma cafeteria, espaço para leitura, livraria, apresentações musicais e um local de atendimento e recepção ao turista. “Daremos total apoio à iniciativa, pois sabemos da importância não apenas gastronômica, como também histórica e cultural da nossa Ilha do Milito. Por isso nós, juntamente com o prefeito Duílio de Castro, estamos buscando alternativas, criando um plano de gestão, um plano de diretor que possa fazer daquele espaço o espaço que a gente tanto deseja”, afirma o secretário.
De acordo com o superintendente municipal de Cultura, Alan Keller, o projeto terá como base o trabalho de conclusão de curso da arquiteta da Prefeitura, Renata Luiza Figueiredo. “A Renata elaborou esse projeto e estamos utilizando também como referência para a revitalização da ilha”, explica. O trabalho foi apresentado na última semana em uma reunião na Casa da Cultura, envolvendo também o grupo de arquitetas composto por Regina Márcia Moura, Luciana França, Mônica Peixoto, Márcia Schaun, Vanessa Karam, Junia Villani e Renata Luiza Figueiredo.
“Queremos pensar juntos esse projeto que é mais que uma revitalização do espaço, mas também de uma nova reutilização, de dar nova vida à ilha. Resignificar um espaço que no início tinha um objetivo e que, aos poucos, passou por outras tentativas, mas que agora a gente vê essa possibilidade de ampliar o seu campo de atendimento, considerando que o espaço tem uma relevância histórica, cultural, patrimonial, social e turística muito grande”, completa Alan Keller.
Mesmo com a revitalização, no entanto, Alan ressalta a importância de se preservar o projeto original criado pelo arquiteto Flávio de Castro. “Com o passar dos anos a ilha foi sendo descaracterizada e o próprio Flávio de Castro está ciente do interesse desse grupo em fazer do local um espaço multiuso, com um uso mais consciente, resgatando principalmente o acervo e a memória do local”, diz o superintendente. Depois de elaborado, o projeto será enviado para avaliação do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac).
Da Redação com Prefeitura de Sete Lagoas – Ascom