Representantes da empresa Astronne Ambiental do Brasil e o prefeito da cidade, Mário Marcio Campolina, o “Maroca” se reuniram na manhã de hoje para assinar o protocolo de intenção para construção de uma unidade da empresa, que ficará responsável pelo reaproveitamento do lixo, em Sete Lagoas.
No termo assinado, a cidade se compromete a doar um terreno de sete hectares para que seja construída a Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos e Orgânicos.
A ação faz parte dos estudos iniciados em abril do ano passado, em que representantes do Executivo, juntamente com membros da Câmara Municipal e o presidente do SAAE, Ronaldo Andrade foram à Suíça em busca de alternativas para o lixo na cidade.
Segundo o deputado federal Marcio Reinaldo, a visita à suíça, a qual participou juntamente com os representantes da cidade, teve como objetivo estudar saídas para reaproveitamento do lixo de uma forma viável e econômica.
O deputado afirma ainda que a iniciativa fará da cidade uma referência não só para a região, mas para outras partes do país. “A gente pediu a Astronne que viesse para Sete Lagoas, mesmo sabendo que havia a possibilidade de instalação em Uberlândia. Sabemos que a questão do reaproveitamento do lixo, ainda é algo condenável e caro no Brasil. Com isso, a gente está buscando o que não tem, ou seja, uma saída para a reaproveitamento do lixo da cidade e de outras regiões”, explica.
O diretor-executivo da Astronne, Paulo Medeiro explica que na prática, será instalada uma central de tratamento na cidade com aproveitamento de 100% do lixo produzido na cidade e região. “Caso a gente pegue, por exemplo, uma geladeira, dentro dessa central, será feita a separação dos materiais, como metal, borracha entre outros. A partir daí esses elementos voltam ao mercado para serem aproveitados. O que não tem função prática, poderá virar suprimento para ser misturado a massa asfaltica”, reforça.
Para Maroca a iniciativa vai, a longo prazo, minimizar os cursos com o lixo na cidade, como o aterro sanitário, localizado na saída da cidade, que hoje tem um custo mensal de R$170 mil aos cofres públicos. “A gente vai minimizar os impactos da destinação do lixo, principalmente orgânico, que é mais caro para ser tratado. A partir daí a gente pode até pensar em alternativas para o lixão da cidade, assim como é feito em outras cidades” afirma Maroca.
Para viabilização da estadia da empresa na cidade, seria necessário o recolhimento de cerca de uma tonelada de lixo diário, porém, Sete Lagoas produz em torno de 200 toneladas dia. Com isso, a cidade teria que trazer lixos, entre eles eletro eletrônicos, carros estragados, geladeiras, baterias de celular, pilhas, lixo doméstico, comercial e público, entre outros produtos para geração do trabalho no município.
Para isso, seriam construídos pontos de recolhimentos em oito locais estratégicos no país, e a partir deles seria feito um escoamento até a central, localizada em Sete Lagoas. De acordo com Paulo, a capacidade de tratamento diário dessa central gira em torno de 300 toneladas até três mil e 500 toneladas dia.
O investimento estimado para a construção da usina na cidade é de R$87 milhões e a previsão é que a mesma seja feita em um prazo de 12 e 18 meses. A usina deverá empregar diretamente 124 trabalhadores. Já expectativa de trabalho indireto é de até 1.800 pessoas.
O local certo para construção da usina ainda não foi escolhido mas, de acordo com Maroca, quatro áreas na cidades; uma próxima a saída para Jequitibá próximo ao presídio; outra próximo a empresa Iveco, e mais um local próximo a perimetral e a norte sul estão sendo avaliados pela diretoria da Astronne.
O projeto agora segue para a Câmara Municipal para ser votado em plenário.
Cíntia Rezende