Durante todo o ano de 2023, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) encontrou 448 irregulares em ações de fiscalização em Sete Lagoas e região. O motivo, segundo a entidade de classe, é para fechar cerco para empresas e pessoas que atuam de forma ilegal no exercício destas profissões.
Foram ao todo 1.235 ações de fiscalização na cidade e mais outros 15 municípios, compreendidos em uma das 81 unidades do Crea-MG. Na região, são 923 empresas e 2.077 profissionais ativos: “Estamos fechando o cerco contra o exercício ilegal das profissões que são abarcadas pelo Sistema Confea/Crea. A população não deve ficar exposta aos perigos advindos da atuação de empresas e pessoas que não detêm conhecimento técnico e nem habilitação legal. Essa atividade irregular afeta diretamente a vida das pessoas e prejudica o profissional que está atuando corretamente”, aponta o presidente da entidade, Marcos Gervásio.
“A atuação de leigos na engenharia, além de prática ilegal, traz uma série de riscos que não se restringe àqueles que estão no local da obra ou empreendimento, mas alcança também todos os que farão uso futuro daquela edificação ou serviço”, afirma o presidente do Crea-MG, engenheiro civil e de segurança do trabalho Marcos Venícius Gervásio. Segundo ele, houve uma intensificação nas ações, no ano passado, para combater a irregularidade das atividades técnicas. Em 2023, houve um aumento de 5,8% nas ações em relação a 2022, quando foram realizadas 59.858 diligências.
De acordo com o Crea-MG, foram realizados 63.330 fiscalizações, com 24.799 autos de infração. Desse total, 73,1% foram destinados a pessoas e empresas inabilitadas que atuavam de forma ilegal no exercício das profissões. Já em relação aos 26,9% restantes, a maioria diz respeito à falta de registro da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
Da redação com Crea-MG