Um evento inédito na cidade, que atiçou a curiosidade e ficou durante semanas na boca do povo (pelo menos nas redes sociais): essa foi a primeira edição do “Melhores do Ano” em Sete Lagoas, realizado na noite de quarta-feira (28) no Splendore Eventos. Com o efeito da curiosidade, muita gente veio prestigiar – para depois comentar.
A reportagem do SeteLagoas.com.br chegou cedo na porta do evento, onde a cada minuto chegavam os convidados (que pagaram R$ 500 para poder estar presentes e ter uma mesa reservada). Como única equipe de imprensa a cobrir o evento no local, a reportagem se instalou nas últimas mesas no canto inferior esquerdo do salão.
Fotos e mais fotos – a escadaria que dava acesso ao camarim (onde o organizador do evento Fabrício Sírio via a chegada do público ansiosamente enquanto trocava de roupa) era o local mais “instagramável”. Todos queriam marcar presença, mesmo tensos com o que de fato iria acontecer no palco, tamanha novidade.
Enquanto isso, próximo a entrada dos banheiros do Splendore, estava um caixa para os comes e bebes. Com a cerveja custando R$ 13, e salgadinhos a R$ 20, a fila para garantir o rega-bofe deu volta – inclusive, a reportagem até aproveitou para garantir o abastecimento com água, refrigerante e salgados. Saindo de uma fila, e indo para outra, era hora de recolher o material comprado a preços “módicos”. Inclusive, a organização pediu desculpas pela espera das fichas, que não deu conta de tanta gente a comparecer no “Melhores do Ano”.
Música sertaneja e até Pai-Nosso
Aguardando a deixa para mais um evento, Fabrício Sírio estava em seu camarim até que um membro da equipe pediu para que descesse as escadas do local, que dava acesso ao salão de eventos para iniciar sua apresentação. Cantor sertanejo, ele era a atração principal do evento na parte musical, que contou com participação de artistas da cidade em pontas. Um showman à parte, Fabrício estava empenhado em fazer o público se divertir: trouxe uma criança para cantar uma música (e fez o público participar para ajudar a garotinha a cantar), e sempre fazia interações para animar a plateia. O que ficou na mente de todos, inegavelmente, era uma interjeição que sempre falava quando conversava com seus convidados: “chique”.
O sertanejo rolou solto no palco: intercalando grandes sucessos do passado e presente, o público presente aproveitava e fazia seus stories no Instagram, cantando um trecho para mostrar que estavam se divertindo por ali. Em um momento, já no final das apresentações, Fabrício Sírio desabafou: como um “forasteiro”, muito se duvidava deste evento, e até o acusaram de falsário, com direito até de tentarem cassar ou prejudicar a realização do evento naquele dia. Porém, estava tudo certo e ali Sete Lagoas iria conhecer os melhores do ano que se passou. Para agradecer, as luzes foram apagadas, e o organizador pediu para que os presentes acendessem as lanternas. Ao som de “Evidências”, mais um momento foi gravado para a posteridade, e por fim, uma oração do Pai-Nosso pediu as bençãos do céu para iniciar de fato o chamamento dos agraciados.
Os melhores em tudo
O locutor oficial do evento deu partida a tão esperada lista dos melhores. Antes, ele explicou que seriam chamados em ordem o terceiro, segundo e primeiro colocados em cada lista. Todos receberiam um certificado e o melhor, um troféu. O palco era uma passarela com luzes para dar destaque a quem foi reconhecido pela cidade. “Chique”, parafraseando o organizador do “Melhores do Ano”.
E começaram-se os anúncios. A princípio, os agraciados parecem um pouco perdidos, porque não entenderam de fato que deveriam ir até o palco e fazer o registro com fotos do prêmio. Aos poucos, a lógica do evento foi entendida e, cada qual foi garantir seu diploma. Diversas ausências foram sentidas – nem todos os agraciados estavam presentes para a homenagem. Por isso, o locutor do evento já emendava uma categoria na outra, para não perder o ritmo.
Enquanto vinham as categorias, uma fila ao lado do palco se formou com os homenageados, segurando seus certificados, esperarem a organização anotar em qual categoria venceram. Trabalho para uma pessoa que, prestativa, estava ali para isso.
E mais gente era chamada: teve discurso emocionado, gente comemorando, e até convidado que pegou o microfone para declarar que duvidava da seriedade do prêmio e do organizador – porém, ele era sim uma pessoa íntegra e o evento, de credibilidade.
Sem exagero, a reportagem não soube contar quantas categorias foram ao todo. Com o evento avançou em horas, o público foi indo embora enquanto tinham mais agraciados (ou categorias) para premiação. Inclusive, até a reportagem teve que ir antes do evento terminar. Realmente, a cidade descobriu os melhores em tudo.
E como este evento foi, antes de tudo, midiático, o que não faltou foi buzz nas redes sociais: além das fotos e vídeos, muita gente comentou a live que o SeteLagoas.com.br fez para mostrar (boa parte) o evento. Pessoas que não estiveram presentes (ou não pagaram para entrar?) fazendo troça, curiosos a saberem quem ganhou e muito humor garantiu a noite de quem trabalhou na cobertura.
No fim, o “Melhores do Ano” disse a que veio: a cidade participou falando quem eram seus favoritos. O evento em si foi em alguns pontos cansativo, até mesmo quase propagandístico, mas, divertiu e entreteve, na medida do possível.
Agora, aguardemos a próxima premiação – e o comentário do povo no dia seguinte.
Filipe Felizardo