Após uma sequência de quatro tremores de terra registrados em Sete Lagoas em dois dias de janeiro desse ano – sendo que três dos abalos foram registrados no mesmo dia 16 daquele mês – a Prefeitura instalou em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com apoio da Defesa Civil municipal, estadual e da Codesel equipamentos para formar uma rede de monitoramento sismográfico local. Nesta terça-feira (19/03), o Secretário de Meio Ambiente municipal Edmundo Diniz declarou à reportagem do SeteLagoas.com.br que os aparelhos continuam instalados na cidade.
O gestor da pasta disse ainda que existe a previsão de coleta dos dados da rede sismográfica a partir do próximo dia 21 de março. Com isso, será possível verificar se os dois últimos tremores de terra registrados nos dias 02 e 04 de março em Sete Lagoas foram identificados pela rede local (relembre aqui e aqui). Sismógrafos da Universidade de São Paulo (USP) apontaram que eles tiveram magnitude de 2.7 mR em 02/03 e 2.4 mR dia 04/03.
Edmundo Diniz declara também que conclusões só poderão ser tiradas “após os relatórios” e que “pela leitura feita a distância, são tremores de mesmo origem dos anteriores, ou seja, decorrentes de acomodações da falha geológica”.
Essa falha geológica seria uma estrutura em escala regional formada por zonas de fraqueza em rochas profundas que passam por processos de acomodação natural ao longo do tempo geológico. A rede sismográfica local pretende também fornecer informações para os especialistas tentarem diferenciar sismos naturais daqueles artificiais.
O secretário esclarece que as próximas etapas serão a análise dos dados coletados nos sismógrafos locais e elaboração de um relatório.
Da Redação, Vinícius Oliveira