Após 13 dias de ocupação, as famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixaram a fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, na noite de quarta-feira (20/3). A desocupação foi pacífica e ocorreu após um acordo firmado com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Segundo o MST, as famílias foram direcionadas para acampamentos e assentamentos do movimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte até que o Incra entregue duas áreas públicas para o seu assentamento definitivo. O prazo para a entrega das áreas é de 30 e 60 dias.
A defesa dos proprietários da fazenda Aroeiras considerou o acordo a única alternativa possível. O advogado Jorge Pimenta, que representa a família, afirmou que a decisão da Justiça autorizando o controle da entrada de integrantes do MST no local e a confirmação dos documentos de posse foram essenciais para resolver a situação.
Pimenta destacou ainda a decisão do desembargador Luiz Arthur Hilário, que proibiu o MST de levar novas famílias para o local e qualquer tipo de desmatamento e exploração da terra. “O MST tentou reverter a decisão, mas foi validada pela Justiça em 2º grau”, disse o advogado.
A ocupação da fazenda Aroeiras pelo MST começou no dia 8 de março. As famílias reivindicavam a desapropriação da área para fins de reforma agrária.
O acordo entre o MST e o Incra coloca fim a um impasse que se arrastava há mais de duas semanas. A desocupação da fazenda foi acompanhada por policiais militares e agentes do Incra.
Da redação com informações do Estado de Minas