O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), antecipou para esta quinta-feira, 14 de novembro, a divulgação dos gabaritos e dos Cadernos de Questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, que estavam programados para ser divulgados no dia 20 de novembro. Os documentos já estão disponíveis no portal do Inep, organizados conforme as cores dos cadernos e os dias de aplicação.
Na prova de Ciências da Natureza, uma questão foi anulada e, portanto, não será considerada no cálculo da proficiência dos participantes. Confira o número da questão anulada em cada caderno:
– Caderno Verde: Questão 124
– Caderno Cinza: Questão 100
– Caderno Azul: Questão 129
– Caderno Amarelo: Questão 102
Acessibilidade
Os cadernos também estão acessíveis para deficientes visuais, sendo compatíveis com leitores de tela. Com o uso do software NonVisual Desktop Access (NVDA), que converte texto em fala, os conteúdos dos materiais podem ser lidos de forma auditiva. Além disso, os gabaritos e os Cadernos de Questões estão disponíveis para download e também podem ser acessados por meio do Dosvox, programa que utiliza síntese de voz para interagir com o usuário.
Reaplicação
O prazo para solicitar a reaplicação do Enem 2024, através da Página do Participante, termina na próxima sexta-feira, 15 de novembro. Os candidatos que não puderam comparecer às provas devido a problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas, conforme especificado no edital, podem solicitar a realização das provas nos dias 10 e 11 de dezembro.
Número de acertos não define a nota final
Embora o gabarito tenha sido divulgado, permitindo que o candidato veja quantas questões acertou no Enem, a nota final só será conhecida em 13 de janeiro de 2025. Isso ocorre devido à aplicação da Teoria de Resposta ao Item (TRI), um método de correção utilizado no exame que prioriza a consistência no desempenho dos participantes.
Por exemplo, se um candidato acertar as questões mais difíceis, mas errar as mais fáceis, o sistema detecta essa “incoerência” e atribui uma pontuação menor, sugerindo que a pessoa possa ter “chutado” as respostas. Dessa forma, dois candidatos que acertem o mesmo número de questões podem obter notas diferentes.
Para que serve a TRI?
A TRI oferece diversas vantagens em relação ao método tradicional de correção, como:
- Identificar “chutes”: Ela premia o aluno que realmente se preparou, evitando que respostas aleatórias, como as de quem adivinha as alternativas, impactem a pontuação.
- Permitir comparações entre diferentes edições do exame: A TRI possibilita a comparação dos desempenhos de candidatos que prestaram provas em anos diferentes, tornando as notas mais justas e consistentes.
- Reduzir a probabilidade de notas idênticas: Como o resultado final é divulgado com duas casas decimais (por exemplo, 816,48 pontos), fica mais improvável que dois candidatos obtenham exatamente a mesma pontuação.
Por que a nota do Enem não vai de 0 a 1.000?
No Enem 2023, por exemplo, a maior nota na prova de Linguagens foi 820,8, e a menor foi 287,0. Ou seja, quem acertou todas as questões não alcançou 1.000 pontos, e quem errou todas não obteve zero. Isso ocorre porque, segundo o Inep, a nota final depende do grau de dificuldade das questões daquela edição. O sistema de TRI leva em consideração a complexidade do exame, e, por isso, as notas podem variar dentro de uma faixa específica, sem se limitar a uma escala rígida de 0 a 1.000.
Da Redação com Inep e g1