Não há dúvidas que Sete Lagoas se tornou uma das cidades mais promissoras do nosso estado. Toda essa projeção modela o desenvolvimento e a capacitação dos profissionais que constituem nossa cidade. Contudo, uma questão ainda me incomoda bastante; Será que os empresários da cidade têm percebido as mudanças no comportamento do consumidor mediante algumas ações de marketing praticadas?
Hoje me deparei com uma ação realizada pela Dafra Motos que me deixou perplexo. Em plena região central exatamente ao meio dia, uma carreata se iniciou para promover com trio elétrico, motos, carros e tudo mais, a venda de uma série de produtos da loja. Todo esse aparato publicitário era acompanhado por seis batedores da Polícia Militar que fechavam os cruzamentos para que o “evento” não fosse interrompido.
Certamente a empresa conseguiu uma autorização pública para a circulação de tudo isso, o que me causa um nó ainda maior na garganta. Agora eu volto a perguntar, na situação que o trânsito se encontra, é justo milhares de pessoas serem afetadas para que uma marca seja exibida? Outra pergunta; como você se posiciona mediante a imagem de uma empresa que sugere algo assim? Agora imagine se todas empresas começassem a explorar essa prática. No mínimo elas estariam requerendo um direito que foi dado ao outro.
O problema na nossa cidade é tão grave que chega a ultrapassar as linhas do amadorismo. Vemos faixas em plena Lagoa Paulino implorando para que você compareça a determinado evento/show, carros de som que berram na sua cabeça a qualquer momento do dia, muros que não têm mais espaço para colar os cartazes irregulares, pedágios que na década de 90 eram novidade se transformaram em um tormento para as pessoas que seguem pela lagoa ao entardecer. Outro dia, como se não bastasse, surgiu um avião que também emitia seu “sinal sonoro” por toda cidade.
Sim, a situação é caótica em nosso município. E este apelo se destina principalmente a você dono de qualquer estabelecimento comercial. Pense duas vezes no impacto que a sua ação pode causar nas pessoas. Os tempos mudaram e a comunicação mudou antes dos tempos. Atualize-se! Procure profissionais que tenham no mínimo bom senso para não causar um impacto reverso, como o de hoje. Os processos de comunicação quase sempre foram invasivos, mas hoje não há mais espaço para frustrar seus clientes, a concorrência está aí, de braços abertos para agarrá-los no seu primeiro tropeço.
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