Um dos eventos mais esperados do ano lotou a Serra de Santa Helena nesse sábado (22): completando sua 11ª edição, o Caldo da Lua anunciou duas novidades. Diversos artistas se apresentaram para 7 mil presentes.
A reportagem do SeteLagoas.com.br chegou por volta das 18h30 no local e pôde visualizar que aquela edição, apesar de outros grandes eventos acontecendo na cidade, seria concorrida. Uma fila “indiana” de carros subia lentamente rumo ao topo. A equipe então, preferiu subir a pé.
Abarrotado – o gramado que serve também de mirante para a cidade estava extremamente concorrido. Um piquenique ao luar, e convenhamos, que estava formosa ao céu naquela noite. Com temperatura fria (porém amena), o público não reclamava do frio, “esquentando” o peito com vinhos, chopes e bebidas afins.
Lá no meio daquele povo agasalhado e admirando a vista estava Alan Junio, fotógrafo do SeteLagoas.com.br e cantor do Sr. Lakes, uma das bandas que se apresentou no Caldo da Lua. Com dois violões ao lado, sentado em uma coberta ao lado de sua esposa, Tatiane Leles, ele parecia ansioso. Uma garrafa de água natural estava em suas mãos – era sua primeira apresentação ao grande público com seu grupo.
“Um piquenique ao luar, e convenhamos, que estava formosa ao céu naquela noite.”
Logo pelas 19h, a missa na igrejinha da Serra de Santa Helena já tinha terminado. A organização então, iniciou os trabalhos; e lá no pé do morro se via a “procissão” de carros que estavam a subir, ainda passando pela Avenida Prefeito Alberto Moura. E as barracas já estavam servindo fumegantes caldos. A reportagem alternava entre vinho, Xeque-Mate, empadas e sanduíches.
Cada banda tinha 15 minutos para se apresentar: alternando entre o pop rock, MPB e cantores brasileiros consagrados, o público se animava (já que a bebida já estava a fazer efeito) e a organização lutava para que o povo sentasse no gramado, já que a ideia do Caldo da Lua é ser um piquenique.
Aproveitando um intervalo e outro entre as bandas, Geraldo Magela Pontes, que carrega o nome do evento como apelido, é o produtor que fez um evento tímido ser um grande “lual”. Do palco, ele anunciou a grande novidade: o Caldo da Lua é agora um evento que terá financiamento através de leis de incentivo a cultura nas esferas estadual e federal. Uma nova edição, agora na primavera, está previsto.
“Lá no pé do morro se via a “procissão” de carros que estavam a subir, ainda passando pela Avenida Prefeito Alberto Moura. E as barracas já estavam servindo fumegantes caldos”
O Caldo da Lua é um evento bem intimista, já que todos estão bem mais à vontade para curtir o momento, apesar do sereno. A organização relatou que 7 mil pessoas estiveram presentes – era nítido, já que caminhar pelo local estava difícil e, com duas latas de Xeque-Mate já ingeridas, se torna mais complicado ainda.
Os cantores se misturavam entre o público; me fale, qual é o evento que você vê isso? Não basta ser amigo, você pode ser um espectador também.
Sr. Lakes, show número um
Estava na hora da Sr. Lakes cantar, para delírio de uma moça de cabelo cacheado e vermelho. Logo depois descobrimos que era a prima de um dos cantores. “Ansioso?” “’Nú’”, respondeu Alan Junio, já ensaiando atrás do palco com seus colegas. Para não demorar tanto entre uma banda e outra, os cantores se apresentavam quase de forma “unplugged”. Então, a Sr. Lakes iria subir ao palco já às 22h, depois de oito artistas.
Quando mais a hora avançava, o público parecia crescer mais. Ficar à frente do palco era fácil, porém, a organização já salientou que o Caldo da Lua é um piquenique.
“Lindo!” Saía um grito e outro das tietes. E, após a apresentação rápida sobre o grupo, a Sr. Lakes começou a cantar uma seleção de pop rock. O público sacou seus telefones, câmeras e sua voz para cantar.
“Para não demorar tanto entre uma banda e outra, os cantores se apresentavam quase de forma ‘unplugged’”
Foram cinco músicas. Finalmente o grupo se lançou para todos. “Vocês querem o Sr. Lakes no ano que vem?” e o público respondia. Não dava tempo para fotos no palco, lá vinha mais uma banda para se apresentar – o Caldo da Lua ainda tinha mais nove artistas na fila.
Levados os equipamentos para o carro, era hora de relaxar: para Alan Junio, era comer um sanduíche feito por sua esposa e tomar um capuccino. O grupo reunido conversando sobre como foi a apresentação e o que tinha que melhorar para a próxima. Feliz estava.
E o Caldo da Lua seguiu. Leve, despretensioso. O luar estava lindo, a cidade também – uma experiência única ao ter um piquenique perto do céu.