O filme “Hellboy e o Homem Torto”, que teve sua estreia no Brasil no dia 5 de setembro, marca mais uma incursão do famoso personagem dos quadrinhos no cinema. Neste novo longa, Hellboy e um agente novato da agência de pesquisa e defesa paranormal se encontram presos em uma cordilheira nos anos 1950. Lá, eles descobrem uma pequena comunidade assombrada por bruxas e liderada por um demônio com uma conexão perturbadora com o passado de Hellboy.
A franquia Hellboy começou em 2004, quando Guillermo del Toro trouxe o personagem para as telonas com “Hellboy”, protagonizado por Ron Perlman. O filme, que recebeu elogios por sua abordagem única e a atuação carismática de Perlman, foi seguido por uma sequência em 2008, “Hellboy 2: O Exército Dourado”. Nesta continuação, o Vermelhão enfrenta novos desafios e o filme deixou uma porta aberta para um terceiro episódio, que, segundo del Toro, revelaria Hellboy como a Besta do Apocalipse. Ambos os filmes estão disponíveis no Amazon Prime Video e no Globoplay, respectivamente.
Em 2019, a franquia ganhou um reboot que trouxe David Harbour para o papel principal. O filme, dirigido por Neil Marshall, afastou-se da abordagem fantasiosa dos filmes anteriores e optou por um tom mais sombrio e menos humorístico, refletindo uma atmosfera mais alinhada com o horror tipo B e menos comédia. Embora tenha recebido críticas mistas, o reboot é uma adição interessante para os fãs da série e está disponível na Netflix.
O novo “Hellboy e o Homem Torto (2024)” se distancia ainda mais dos filmes anteriores, tanto da visão de Guillermo del Toro quanto do reboot de 2019. Sob a direção de Neil Marshall, e com o roteiro de Mike Mignola, Brian Taylor e Christopher Golden, o filme mergulha em um estilo mais sombrio e misterioso, inspirando-se nos contos de bruxas que marcaram a década de 50 e 60. A trama se concentra em elementos sobrenaturais e de terror, oferecendo uma atmosfera mais densa e uma narrativa que pode atrair os fãs de terror mais sério.
Desta vez, Jack Kesy assume o papel de Hellboy, apresentando um personagem mais cético e menos irônico, em contraste com o tom mais leve das versões anteriores. A produção opta por um estilo visual que remete aos filmes de horror clássicos, com menos ênfase em efeitos especiais e mais foco em criar uma sensação de medo através de uma iluminação obscura e uma narrativa carregada de mistério.
O filme não está em cartaz em Sete Lagoas, mas ficou disponível no Cinemark (Belo Horizonte) e Cinesystem. Ainda não há informações sobre qual serviço de streaming adicionará o filme à sua lista.
Maria Eduarda Alves